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Voz é a nova prova no caso do maníaco
MARCELO GODOY
da Reportagem Local
A voz do motoboy Francisco de
Assis Pereira, 30, é a nova prova da
polícia no caso do maníaco que
matou seis mulheres no parque do
Estado (zona sudeste de São Paulo). Pereira, que é o principal suspeito do crime, está foragido.
A polícia obteve no último domingo uma fita de videocassete na
qual o motoboy e outros três
membros do grupo de patinação
noturna Os Suicidas são entrevistados num programa de TV em 94.
A voz de Francisco foi reconhecida pela estudante Sara Adriana
Ferreira, irmã de Selma Ferreira
Queiroz, 18, morta no parque.
Selma desapareceu no dia 3 de
julho de 98. Ela havia saído de casa
levando o cartão bancário de Rosângela, sua irmã. Após depositar
R$ 200 na conta da irmã, fez exames no departamento médico da
empresa em que trabalhava.
Antes que o seu corpo fosse
achado no dia seguinte, um homem telefonou às 13h30 do dia 4
para a casa da família de Selma.
Sara atendeu a ligação.
O homem afirmou que estava
com Selma em seu poder e exigiu
que lhe fosse fornecida a senha do
cartão eletrônica de Rosângela.
Também mandou Sara depositar
R$ 1.000 naquela conta para que
ele sacasse o dinheiro.
Disse que ia usar a quantia para
pagar uma dívida com traficantes
de drogas e que essas eram as condições para que Selma fosse libertada. O homem afirmou que ligaria de novo às 18h, mas não o fez.
Ontem, Sara entrou em uma sala
e ficou de costas para uma TV, onde o vídeo com as entrevistas era
mostrado. Ela identificou a voz de
Francisco como sendo a do homem que exigiu os R$ 1.000. O reconhecimento foi acompanhado
por duas testemunhas.
Além de Sara, Ligia Clemi Crescêncio, 35, prima de Raquel Mota
Rodrigues, primeira mulher morta no parque, tentou reconhecer a
voz, mas ficou em dúvida entre
duas -uma delas a de Francisco.
O delegado Sérgio Alves, 35, do
DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), disse
ontem que irá garantir visitas diárias e uma cela individual para assegurar a integridade física de Pereira caso ele se entregue.
Essas são as principais condições
para que o suspeito se apresente à
polícia, disse o advogado Ademar
Gomes, que defende Pereira.
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