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Acusado de participar da chacina de Vigário Geral é preso no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
A polícia do Rio prendeu ontem
pela manhã em Jacarepaguá, zona
oeste da cidade, um homem acusado de ter participado da chacina
de Vigário Geral, que completará
sete anos no próximo dia 30.
Na madrugada de 30 de agosto
de 1993, um grupo de 50 homens
encapuzados entrou na favela, na
zona norte do Rio, e atirou contra
moradores, matando 21 pessoas e
ferindo quatro.
Jorge Evandro Santos de Souza,
53, estava foragido desde 93,
quando teve sua prisão preventiva decretada. Contra ele há cinco
mandados de prisão por homicídio. De acordo com o detetive
Juarez Gifone, da Delegacia de
Homicídios do Rio de Janeiro, ele
seria informante da polícia e teria
participado dos assassinatos junto com o restante do grupo, formado, principalmente, por policiais civis e militares.
Souza foi preso no momento
em que saía de casa. Ele estava desarmado e não reagiu. "Ele negou.
Disse que não teve nada a ver com
a chacina, mas existem provas
contra ele", afirmou o detetive.
O acusado foi levado para a sede
da delegacia, no centro. Depois de
prestar depoimento, ele seria
transferido para a carceragem da
Polinter (Polícia Interestadual),
onde vai aguardar julgamento.
Na época da chacina, 51 pessoas
foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual. A Justiça recebeu a denúncia contra 32 deles,
sendo a maioria policiais. Até
agora, 13 foram absolvidos, três
aguardam julgamento, dois morreram antes de serem julgados e
quatro foram condenados.
O julgamento de oito acusados
pelo 2º Tribunal do Júri, que deveria ter acontecido em maio, foi remarcado para amanhã. No dia 23
de maio a sessão foi adiada porque a promotora Cristina Medeiros da Fonseca se recusou a permanecer em plenário com apenas
quatro réus presentes.
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