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ADMINISTRAÇÃO
Famílias que vivem em miséria contam que iniciativas da prefeitura têm ajudado a enfrentar o dia-a-dia
Beneficiados elogiam programas sociais
DA REPORTAGEM LOCAL
A empregada doméstica Adenilce Ribeiro Oliveira, 29, e o marido, Edivaldo Marcos Gomes, 29,
servente de pedreiro, estão desempregados há mais de um ano.
Com os filhos Muller Marcos, 7, e
Maycom, um ano e quatro meses,
o casal sobrevive graças à ajuda de
Geilsa Ribeiro, mãe de Adenilce.
Eles moram nos fundos da casa
de Geilsa, na rua Major Kucinski,
no Capão Redondo (zona sul de
São Paulo). Quando a reportagem
foi ao local, um homem acabara
de ser morto próximo dali.
Ao abrirem as inscrições para o
Renda Mínima, Adenilce viu a
oportunidade de ganhar dinheiro
sem ter de colocar o filho mais velho para vender balas ou pedir esmolas nos semáforos.
No mês passado, Adenilce retirou o primeiro pagamento: R$
179. "Na máquina só sai R$ 170.
Os R$ 9 vão ficar para o mês que
vem." Muller, o filho mais velho
do casal, está na primeira série do
ensino fundamental numa escola
estadual próxima dali.
As dificuldades financeiras da
família Ribeiro Oliveira atingem
também a irmã de Adenilce, Patrícia, 23, mãe de Leandro da Silva
Oliveira, 7, e Leonardo da Silva
Oliveira, 2. Ela também está desempregada e conseguiu o benefício da prefeitura. As duas só têm
elogios ao Renda Mínima.
No mesmo bairro vive a família
Silva. Maria do Carmo Silva, 49, é
dona-de-casa. O marido é cobrador de ônibus há 14 anos, e a família sobrevive com seu salário, de
cerca de R$ 500, fora os extras.
Em julho, o filho mais novo,
Djavan Silva de Souza, 16, fez um
curso de computação ministrado
por técnicos da prefeitura. Nunca
havia trabalhado e, participando
do Bolsa Trabalho, passou a receber R$ 137. Com o dinheiro, comprou um par de tênis e uma calça.
Sem emprego há dois anos e nenhum "bico" nos últimos cinco
meses, Ivan Francisco da Silva, 52,
aguarda ser chamado para o Começar de Novo. A mulher dele,
Darcy Tereza da Silva, 48, se inscreveu no mesmo período e já foi
contemplada. Ela fez um curso de
informática e recebeu R$ 176 no
primeiro pagamento.
Silva trabalhou durante dez
anos como taxista e outros quatro
como perueiro, mas acabou desistindo, "porque não dava certo". Ele já está impaciente para fazer cursos e, principalmente, começar a receber o benefício pelos
próximos seis meses.
(CG)
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