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Dupla listou supostos bens da família
FERNANDA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
"Três depósitos, uma quadra,
três apartamentos, uma madeireira, três carros. Refinanciar um
dos depósitos, vender dois carros,
um apartamento, empréstimo
agiota, câmbio negro dólar."
Em uma folha de caderno encontrada no cativeiro, os seqüestradores dos dois irmãos libertados na madrugada de ontem tinham uma lista dos supostos bens
que a família das vítimas dispunha para pagar o resgate.
Nas paredes externas e internas
da casa havia mais de dez marcas
de tiro. Localizado em rua residencial em Embu-Guaçu (Grande
SP), próximo ao centro da cidade,
o cativeiro no qual os meninos ficaram 17 dias chegou a chamar a
atenção de um morador, que ontem preferiu não se identificar.
"A gente desconfiou, achava estranho não encontrar com os vizinhos novos de dia, mas não avisou a polícia. Um casal vinha em
um Gol à noite, mas nunca falamos com eles", disse o homem.
A casa, com portão de madeira
azul, foi construída com blocos de
cimento e telhado de zinco.
Tem cerca de 35 m2 e vizinhos à
esquerda, à direita e aos fundos.
Na frente dela casa há uma garagem, mas não havia carro.
O acesso se dá por um corredor
estreito de chão batido, à direita.
O imóvel tem a frente voltada para o muro de um quintal de cimento de cerca 20 m2.
O lixo deixado para trás sugere
que os meninos foram alimentados com refrigerantes, biscoitos,
carne, sanduíches (de queijo e
presunto) e chicletes.
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