São Paulo, segunda-feira, 23 de agosto de 2004

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Dupla listou supostos bens da família

FERNANDA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

"Três depósitos, uma quadra, três apartamentos, uma madeireira, três carros. Refinanciar um dos depósitos, vender dois carros, um apartamento, empréstimo agiota, câmbio negro dólar."
Em uma folha de caderno encontrada no cativeiro, os seqüestradores dos dois irmãos libertados na madrugada de ontem tinham uma lista dos supostos bens que a família das vítimas dispunha para pagar o resgate.
Nas paredes externas e internas da casa havia mais de dez marcas de tiro. Localizado em rua residencial em Embu-Guaçu (Grande SP), próximo ao centro da cidade, o cativeiro no qual os meninos ficaram 17 dias chegou a chamar a atenção de um morador, que ontem preferiu não se identificar.
"A gente desconfiou, achava estranho não encontrar com os vizinhos novos de dia, mas não avisou a polícia. Um casal vinha em um Gol à noite, mas nunca falamos com eles", disse o homem.
A casa, com portão de madeira azul, foi construída com blocos de cimento e telhado de zinco.
Tem cerca de 35 m2 e vizinhos à esquerda, à direita e aos fundos. Na frente dela casa há uma garagem, mas não havia carro.
O acesso se dá por um corredor estreito de chão batido, à direita. O imóvel tem a frente voltada para o muro de um quintal de cimento de cerca 20 m2.
O lixo deixado para trás sugere que os meninos foram alimentados com refrigerantes, biscoitos, carne, sanduíches (de queijo e presunto) e chicletes.


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