DA REPORTAGEM LOCAL

Com os dois irmãos libertados ontem, são quatro os casos de seqüestro de adolescentes encerrados neste mês em São Paulo.
De cada quatro vítimas de seqüestro no Estado, uma (25%) é estudante, segundo levantamento da Folha realizado a partir de boletins de ocorrência registrados de janeiro a junho. A base de dados inclui a capital e 41 cidades.
No último dia 6, uma menina de 12 anos foi libertada pela Polícia Civil, que invadiu o cativeiro após 70 dias de seqüestro. O resgate havia sido pago em junho, mas os criminosos decidiram prolongar as negociações com a família. A estudante havia sido atacada na saída do colégio Dante Alighieri, nos Jardins, onde estudava.
Na última quarta-feira, um adolescente de 14 anos foi libertado pelos seqüestradores na favela do Sapo (zona oeste), perto de Taboão da Serra. Ele havia sido levado 15 dias antes, enquanto caminhava pela rua onde mora -a mesma do secretário da Segurança-, a caminho do Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros.
O número total de seqüestros aumentou um pouco no primeiro semestre deste ano, segundo dados do governo estadual. Foram 33 casos, contra 29 durante o mesmo período de 2003.
A violência contra alunos levou escolas de São Paulo a reforçar a segurança externa. Dante Alighieri (com porteiro e dezenas de seguranças) e São Luís, no centro, e Santo Américo, na zona sul, instalaram câmeras em seu entorno. O Santa Cruz tem motociclistas circulando em seu entorno.


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