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Ministro da Justiça afirma que colombiano foi expulso do país
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
O ministro da Justiça, Tarso
Genro, disse ontem, em Porto
Alegre, que a extradição foi precedida pela expulsão do narcotraficante colombiano Juan
Carlos Abadía do país -o que
impede que ele volte ao Brasil
legalmente, mesmo depois de
eventual cumprimento de pena
nos Estados Unidos.
"A extradição sinaliza que o
espaço nacional não serve para
abrigar nenhum tipo de criminoso, e mostra a colaboração
do governo brasileiro com as
autoridades internacionais,
não apenas dos Estados Unidos, no combate ao crime organizado internacional", disse o
ministro da Justiça.
Abadía demonstrava "tensão
e incerteza" e chegou a tomar
medicamentos contra ansiedade nos dias que antecederam a
sua extradição, afirmou o advogado Luis Gustavo Bataglin,
responsável pela defesa do colombiano no Brasil.
De acordo com Bataglin, o
traficante colombiano teme
o tratamento que receberá
nos Estados Unidos. "Ele não
tem certeza da situação que
vai encontrar nem quanto tempo será mantido no isolamento.
Essa dúvida em relação ao futuro foi motivo de muita tensão
nos últimos dias", afirmou o
advogado.
Entretanto, disse o defensor
do colombiano, Abadía vê a extradição como a melhor alternativa. "Um caminho muito
pior seria cumprir quatro a cinco anos no Brasil para depois
ser encaminhado aos EUA para
outros 30 anos de prisão."
Bataglin disse que continuará a prestar serviços ao colombiano, que já contratou um defensor nos EUA. Além de ajudar o colega americano, vai
acompanhar o julgamento de
recurso proposto pela defesa da
mulher do traficante, Yessica
Paola Rojas Morales -condenada no Brasil a 11 anos de prisão por formação de quadrilha,
lavagem de dinheiro e uso de
documento falso.
(GRACILIANO ROCHA E RODRIGO VARGAS)
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