free-lance para a Folha

Distorções nos resultados da primeira prova-piloto para o censo do ano 2000 levaram o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a desistir de mudar os questionários no quesito cor/raça.
O quesito origem continua sendo testado, seguindo proposta de representantes do movimento negro com o objetivo de definir melhor a população negra brasileira.
Após a primeira prova, feita em dezembro em municípios do Rio e de Mato Grosso, onde haviam sido usadas as categorias "mestiço", "negro" e "asiático" no quesito cor/raça, o Comitê 2000 do IBGE chegou à conclusão de que a nova terminologia não era adequada.
A segunda prova está sendo feita em seis municípios da Paraíba, Goiás e Minas, com o questionário do quesito cor/raça no formato anterior -de 91-, com as opções "branco", "preto", "amarelo", "indígena" e "pardo".
"Os dados pareciam mais consistentes com os critérios tradicionais. O movimento negro é da mesma opinião. No quesito origem, é preciso permitir mais de uma opção", explicou Alicia Bercovich, coordenadora do comitê. Muitos entrevistados não se identificaram com a palavra mestiço, o que levou a uma distorção, disse.



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