São Paulo, domingo, 23 de agosto de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Método une mãe a bebê prematuro

da Reportagem Local

Alguns hospitais de São Paulo adotaram métodos para aproximar a mãe do recém-nascido mesmo que prematuro -quando é obrigado a permanecer um período em incubadora.
A Pro Matre Paulista criou um método semelhante ao "Mãe-Canguru" (que substitui o calor das incubadoras em troca do calor do corpo da mãe, mantendo o bebê preso por uma manta ou toalha amarrada às costas).
Na maternidade, as mães podem passar quanto tempo quiserem sentadas em uma poltrona dentro da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com seus filhos no colo -sem serem amarrados-, mesmo que os recém-nascidos estejam "entubados" (com ventilação pulmonar artificial).
Eles são retirados da incubadora e permanecem com os tubos junto ao corpo da mãe. Esse método só é utilizado quando a saúde do bebê está estável e não é grave.
Segundo Mônica Portella Gazmenga, enfermeira supervisora do berçário da Pro Matre, o método mantém a temperatura necessária ao corpo do bebê, prolonga o tempo de amamentação, amplia o vínculo afetivo entre mãe e filho e reduz o risco de infecções.
Método semelhante é realizado no Hospital da Criança. O bebê é preso junto à mãe em uma espécie de "bolsa" na sala da UTI. É colocado no dedo do recém-nascido um dispositivo para medir a oxigenação do sangue. Se acusar alguma oscilação, o bebê volta para a incubadora. O hospital não utiliza esse método para bebês que recebem ventilação pulmonar.
(PRISCILA LAMBERT)


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.