São Paulo, domingo, 23 de agosto de 1998

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CONIVENTE

²"Há quatro anos descobri que o meu marido estava tendo um caso. Na época, não falei nada para ele. Percebi que ele estava apaixonado e que, se eu brigasse, ele iria sair de casa. Não queria que isso acontecesse, por isso tive de me esforçar para ficar quieta. Foi difícil, em muitos momentos entrei em depressão. Resolvi abrir o jogo na hora certa, pensei muito, não podia ser precipitada. Relevei para continuar com meu casamento. Não foi só pelo sentimento, foi por um lado prático também. Eu não me sinto em condições de cuidar sozinha dos meus filhos e gosto de ter uma família. Na verdade, acho que ninguém é de ninguém. Mas acho que tem de haver respeito. Meu marido não soube lidar com a situação, não foi aduto. "


Márcia (nome fictício), 44




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