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VIOLÊNCIA
Técnico em informática foi morto em plena luz do dia em suposta tentativa de assalto; dois menores foram presos, um está foragido
Chileno é assassinado a tiro no Guarujá
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
O técnico em informática chileno Waldo Arturo Ugalde Erazo,
51, foi morto no domingo, em plena luz do dia, por três menores no
Guarujá (litoral paulista), durante
uma suposta tentativa de assalto.
No final da tarde de ontem, a
polícia ainda procurava o adolescente de 15 anos acusado de ter
efetuado o disparo.
Erazo estava desde junho em
São Paulo, a serviço da Altec, que
é responsável por desenvolver sistemas de gerenciamento de informação para as unidades do banco
Santander na América Latina.
Em companhia de duas de suas
três filhas, ele passou o final de semana no Guarujá, no apartamento de um amigo, na praia da Enseada. A mulher estava em Santiago (Chile), onde vive a família.
Por volta das 16h de domingo,
Erazo e as filhas Luretta, 15, e Paula, 24, voltavam da praia quando
foram abordados na rua Chile por
três adolescentes. Sem compreender o que os rapazes diziam, mas
assustados, pai e filhas teriam tentado fugir, segundo a polícia.
Após ser perseguido, o chileno levou um tiro. Os adolescentes fugiram sem levar nada.
Luretta e Paula apontaram no
álbum da Delegacia Sede do Guarujá as fotos dos criminosos. Posteriormente, fizeram o reconhecimento formal de V.A.A., 14, e
E.S.O., 15, capturados enquanto
jogavam futebol no bairro Vila
Zilda (periferia da cidade). Segundo o delegado titular do Guarujá,
Milson Sérgio Calves, eles confessaram a participação no crime.
Calves afirmou que, "sem sombra de dúvidas", o autor do disparo é o adolescente de 15 anos apelidado de Catatau. Segundo ele,
embora as buscas continuassem,
familiares do rapaz procuraram a
delegacia prometendo apresentá-lo ontem à tarde, o que não tinha
acontecido até as 18h.
O delegado disse que os três são
bastante conhecidos dos policiais
locais devido ao histórico de pelo
menos sete passagens pela delegacia, acusados de roubo e porte ilegal de arma.
Por várias vezes, a Agência Folha tentou contato por telefone na
manhã e na tarde de ontem com o
cônsul-geral do Chile em São
Paulo, Mauricio Ugalde, mas ele
não atendeu à reportagem.
Até ontem, o corpo do chileno
permanecia no Instituto Médico
Legal do Guarujá. Amanhã, deverá ser levado de avião para Santiago, onde será sepultado.
O chileno trabalhava temporariamente em São Paulo. O visto de
trabalho, emitido no dia 1º de julho a pedido do Banespa (Banco
do Estado de São Paulo S/A, de
propriedade do grupo espanhol
Santander), tinha prazo de validade até o próximo dia 30.
De acordo com o delegado Calves, são incomuns assassinatos de
turistas no Guarujá. Segundo ele,
a morte do chileno foi a única na
qual um turista foi vítima nos últimos quatro anos.
Colaborou JOSÉ EDUARDO RONDON, da
Agência Folha
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