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OUTRO LADO
Mudança visa evitar sobrecarga nas delegacias
DA SUCURSAL DO RIO
O chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, afirmou ontem à Folha
que as mudanças nos registros
de roubos e furtos de veículos e
de cargas têm o objetivo de evitar a sobrecarga nas delegacias
e de amenizar a situação das vítimas. "Não há maquiagem
porque o registro não deixa de
ser feito. Só o rótulo muda.
Roubo é roubo. O Código Penal não faz distinção", disse ele.
De acordo com Lins, o registro do roubo de uma parcela
pequena de produtos acabava
sobrecarregando o trabalho
dos policiais da DRFC (Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas). "Até o roubo de pizzas entregues em residências chegou
a ser registrado como roubo de
carga", afirmou ele.
Lins disse que não vai ser registrada como roubo de carro a
ocorrência em que o assaltante
abandona o veículo logo depois de cometer o crime.
"Ao registrar o roubo, o dono
do carro fica obrigado a apresentar um "enxoval" de documentos e, ainda, a fazer perícia
quando o veículo é localizado.
Quando o carro aparece antes
que o registro na delegacia esteja concluído, para não prejudicar ainda mais a vítima, decidimos não registrar o caso como roubo de carro", afirmou o
chefe de Polícia Civil.
A decisão de alterar a padronização dos registros de roubos
e furtos de veículos e de cargas
foi tomada em conjunto, segundo Lins. Ele disse que participou de reunião sobre o assunto com representantes do
ISP (Instituto de Segurança Pública), das delegacias especializadas e da Polícia Técnica.
Segundo Lins, o secretário estadual de Segurança Pública,
Anthony Garotinho, não participou da reunião.
(ST)
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