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São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 2003

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OUTRO LADO

Mudança visa evitar sobrecarga nas delegacias

DA SUCURSAL DO RIO

O chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, afirmou ontem à Folha que as mudanças nos registros de roubos e furtos de veículos e de cargas têm o objetivo de evitar a sobrecarga nas delegacias e de amenizar a situação das vítimas. "Não há maquiagem porque o registro não deixa de ser feito. Só o rótulo muda. Roubo é roubo. O Código Penal não faz distinção", disse ele.
De acordo com Lins, o registro do roubo de uma parcela pequena de produtos acabava sobrecarregando o trabalho dos policiais da DRFC (Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas). "Até o roubo de pizzas entregues em residências chegou a ser registrado como roubo de carga", afirmou ele.
Lins disse que não vai ser registrada como roubo de carro a ocorrência em que o assaltante abandona o veículo logo depois de cometer o crime.
"Ao registrar o roubo, o dono do carro fica obrigado a apresentar um "enxoval" de documentos e, ainda, a fazer perícia quando o veículo é localizado. Quando o carro aparece antes que o registro na delegacia esteja concluído, para não prejudicar ainda mais a vítima, decidimos não registrar o caso como roubo de carro", afirmou o chefe de Polícia Civil.
A decisão de alterar a padronização dos registros de roubos e furtos de veículos e de cargas foi tomada em conjunto, segundo Lins. Ele disse que participou de reunião sobre o assunto com representantes do ISP (Instituto de Segurança Pública), das delegacias especializadas e da Polícia Técnica.
Segundo Lins, o secretário estadual de Segurança Pública, Anthony Garotinho, não participou da reunião. (ST)


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