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São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 2003

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EDUCAÇÃO

Programa Acelera Brasil diminui defasagem em GO

Iniciativas de Estados e de ONGs reduzem a repetência escolar

ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

A experiência de alguns municípios, Estados e ONGs indica que, apesar das altas taxas de repetência, é possível reduzir significativamente esse indicador sem perda da qualidade de ensino. Dados recém-tabulados pelo MEC e divulgados ontem pela Folha mostram que 1 em cada 5 alunos do ensino médio e fundamental repetiu no ano passado.
Uma avaliação feita pela Fundação Carlos Chagas nos resultados do programa Acelera Brasil, do Instituto Ayrton Senna, no Estado de Goiás, mostra que 99,2% dos mais de 100 mil alunos que participaram porque tinham idade superior à indicada para a série voltaram para a série adequada.
O programa ainda reduziu a taxa de defasagem idade/série em municípios que, desde 1996, fazem parte do Acelera Brasil. As reduções mais significativas ocorreram em Sapiranga (RS), onde a taxa caiu de 61,7% em 1996 para 8,7% neste ano, e Pastos Bons (MA), onde caiu de 82,7% para 19,7%. "Em Goiás, o governo deixou de gastar R$ 96 milhões nos últimos três anos graças à correção do fluxo escolar", diz Viviane Senna, presidente do instituto.
Alguns Estados conseguiram diminuir a repetência sem perda da qualidade, segundo o MEC. Foi o caso do Tocantins, que, de 2000 para 2001, diminuiu em 19% a taxa no ensino fundamental e em 15% no ensino médio. No ensino fundamental, apenas o Rio (25%) apresentou redução maior.
Tocantins não adota o sistema de ciclos (que não reprovam) e, em quatro de seis séries avaliadas pelo Saeb (exame do MEC), a nota média subiu de 99 para 2001.


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