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EDUCAÇÃO
Programa Acelera Brasil diminui defasagem em GO
Iniciativas de Estados e de ONGs reduzem a repetência escolar
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
A experiência de alguns municípios, Estados e ONGs indica que,
apesar das altas taxas de repetência, é possível reduzir significativamente esse indicador sem perda da qualidade de ensino. Dados
recém-tabulados pelo MEC e divulgados ontem pela Folha mostram que 1 em cada 5 alunos do
ensino médio e fundamental repetiu no ano passado.
Uma avaliação feita pela Fundação Carlos Chagas nos resultados
do programa Acelera Brasil, do
Instituto Ayrton Senna, no Estado
de Goiás, mostra que 99,2% dos
mais de 100 mil alunos que participaram porque tinham idade superior à indicada para a série voltaram para a série adequada.
O programa ainda reduziu a taxa de defasagem idade/série em
municípios que, desde 1996, fazem parte do Acelera Brasil. As reduções mais significativas ocorreram em Sapiranga (RS), onde a
taxa caiu de 61,7% em 1996 para
8,7% neste ano, e Pastos Bons
(MA), onde caiu de 82,7% para
19,7%. "Em Goiás, o governo deixou de gastar R$ 96 milhões nos
últimos três anos graças à correção do fluxo escolar", diz Viviane
Senna, presidente do instituto.
Alguns Estados conseguiram
diminuir a repetência sem perda
da qualidade, segundo o MEC.
Foi o caso do Tocantins, que, de
2000 para 2001, diminuiu em 19%
a taxa no ensino fundamental e
em 15% no ensino médio. No ensino fundamental, apenas o Rio
(25%) apresentou redução maior.
Tocantins não adota o sistema
de ciclos (que não reprovam) e,
em quatro de seis séries avaliadas
pelo Saeb (exame do MEC), a nota média subiu de 99 para 2001.
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