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OUTRO LADO
Inspetor da Receita Federal nega que haja conflito de interesses
DA REPORTAGEM LOCAL
João Figueiredo, inspetor da
Receita Federal no aeroporto de
Cumbica, nega haver conflito de
interesses e afirma que a tentativa
de causar polêmica pelas cortesias
dadas por empresas aéreas é uma
ação de retaliação ao trabalho de
moralização que ele diz ter adotado no local, assim como seu antecessor, nos últimos quatro anos.
"Existia uma verdadeira terra
arrasada, uma terra de corrupção.
A gente começou um trabalho para melhorar a parte ética", afirma
o inspetor da Receita.
Ele cita como exemplo de interessados em prejudicá-lo as pessoas presas em operações recentes da instituição. Diz que já conseguiu prender "12 pessoas entre
importadores e exportadores,
mais de 30 despachantes, além de
mandar quatro ou cinco [funcionários] para a corregedoria".
Para Figueiredo, assim como
existem descontos a funcionários
do aeroporto, há para alguns
clientes comuns até em razão da
disponibilidade de assentos.
A companhia aérea TAM foi
procurada pela Folha desde anteontem, confirmou a passagem
de Buenos Aires para o inspetor,
mas diz não ter sido possível conferir a destinação das demais. A
assessoria da empresa não detalhou que desconto foi dado -só
que foi entre 50% e 75%.
A TAM afirmou não possuir
uma política específica de concessão de cortesias para servidores e
que analisa cada caso quando
existe alguma solicitação. Afirma
também que tudo depende do
vôo, da data e do destino.
Ronaldo Lomônaco, superintendente da Receita, considera
um caso "menos grave" quando
não há favores às empresas.
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