DA REPORTAGEM LOCAL

Para celebrar os 40 anos da declaração que aproximou católicos e judeus, acontece domingo um concerto da Orquestra Experimental de Repertório, no Teatro Municipal de São Paulo. O ator Paulo Autran fará a leitura de trechos do documento, o "Nostra Aetate" ou Nosso Tempo, promulgado pelo Concílio Vaticano 2º em 28 de outubro de 1965.
Segundo o rabino Henry Sobel, presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, a declaração alterou fundamentalmente as relações entre católicos e judeus. O documento repudiou a acusação contra os judeus e condenou formalmente o anti-semitismo entre os católicos.
Participarão da celebração o cardeal d. Cláudio Hummes, arcebispo metropolitano de São Paulo, e o presidente da Comissão Pontifícia para Relações Religiosas com os Judeus, cardeal Walter Kasper, vindo do Vaticano.
Segundo Sobel, após a declaração desconfianças mútuas foram se dissolvendo. "Estereótipos negativos estão sendo apagados, referências antijudaicas estão sendo retiradas dos livros católicos."
Sobel cita a visita do papa Bento 16 à sinagoga de Colônia (Alemanha). "Um papa criado na Alemanha nazista entrar na sinagoga destruída pelos nazistas em 1938 e na única da cidade reconstruída transmite uma mensagem poderosa de reconciliação."


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