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Magistrado quer limitar o uso de algema
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma proposta formulada
pelo desembargador José
Damião Cogan, incluída no
anteprojeto que será encaminhado ao Congresso, visa
regulamentar o emprego de
algemas em todo o território
nacional. No Estado de São
Paulo há um item específico
na lei, que é dos anos 50.
Cogan defende que é preciso impedir o que chama de
"abusos" em operações policiais em que o suspeito é preso e algemado, mas, muitas
vezes, acaba sendo inocentado pela Justiça.
"O que tem acontecido são
abusos evidentes, como com
o presidente do Tribunal de
Justiça de Rondônia [Sebastião Teixeira Chaves, detido
pela Polícia Federal no início
de agosto]", disse Cogan, ao
citar um caso que envolveu
um colega de profissão dele.
Cogan é do TJ paulista.
Após a prisão de Chaves,
que foi algemado pelos agentes federais, o Colégio Permanente de Presidentes de
Tribunais de Justiça divulgou nota contra o que a entidade considerou como "banalização do hábito de expor
pessoas à execração pública".
Para a entidade, o uso indiscriminado de algemas fere a
presunção de inocência.
De acordo com o desembargador paulista, a proposta
de regulamentação determina que as algemas só devem
ser utilizadas quando houver
risco de fuga ou de agressão
por parte do detido.
"Há casos de pessoas que
gozam de bom conceito social que passam por um
constrangimento que chega
a ser até um pré-julgamento", afirma Cogan.
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