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Prisão preventiva de jovens é pedida
DA AGÊNCIA FOLHA
O Ministério Público de Porto
Seguro (BA) pediu ontem a prisão
preventiva dos cinco estudantes
de Brasília acusados de matar, na
quinta-feira, o garçom Nelson Simões dos Santos, 39, a socos, pontapés e cadeiradas, num restaurante. Eles foram presos em flagrante, e a polícia tem prazo até o
dia 27 para encaminhar o inquérito à Justiça.
"Os representados [estudantes]
demonstraram ser pessoas frias e
impiedosas, pois tiraram a vida de
um trabalhador, com grande violência, sem possibilidade de defesa", escreveu a promotora Karine
Simara Macedo Lima, 27.
Em outro requerimento, encaminhado ao juiz Cássio José Barbosa Miranda, designado pelo
Tribunal de Justiça da Bahia para
acompanhar o caso, a promotora
solicitou a "internação provisória" dos menores A.P.M., 17, e
F.M.R., 17, que estariam envolvidos no crime, segundo a delegada
Antonia Valadares Andrade.
Cinco dias após o assassinato,
Mauro Coelho de Souza, Fernando Ferreira Von Sperling, Victor
Tadeu Antunes Araújo, Artur
Alencar Ferreira de Melo e Thiago
Barroso Marnet (todos com 19
anos), detidos na Delegacia de
Proteção ao Turista, receberam a
visita de familiares e advogados.
Pai de Fernando, Marcelo Sperling não quis comentar o suposto
envolvimento do filho no crime.
"Estou muito abalado."
O advogado Loredano Aleixo
Júnior, contratado para defender
Souza e Marnet, disse que aguarda decisão do juiz sobre o pedido
de habeas corpus. "Se for negado,
vamos recorrer ao Tribunal de
Justiça e até ao Supremo Tribunal
Federal."
Os advogados dos acusados alegam "erros primários" no auto de
flagrante. "Tecnicamente, não
houve flagrante. Eles dormiram
no hotel e, no dia seguinte, receberam voz de prisão."
Ontem, os dois menores (que
estão no Complexo Policial de
Porto Seguro) foram ouvidos pela
promotora. "Calmos e sem demonstrar arrependimento, os
menores negaram envolvimento
no crime", disse a promotora.
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