São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2005

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PLANTÃO MÉDICO

Viajar ou não é a questão

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Em tempos de possível pandemia da gripe aviária e das férias que se aproximam, surge o dilema das viagens.
Francesco Frangialli, secretário-geral da Organização Mundial de Turismo, afirma que os turistas só devem ser instruídos a não viajar caso "haja um bom motivo para isso".
Sanlee Plianbangchang, diretor da Organização Mundial da Saúde para o Sudeste Asiático, por outro lado, alerta que o risco de acontecer uma pandemia de gripe é muito real. "Não se trata de saber se ela vai acontecer, mas sim quando", diz.
Para os necessários cuidados dos viajantes que eventualmente se dirijam a áreas consideradas de risco, o CDC (Centro de Controle de Doenças Infecciosas) dos Estados Unidos indica alguns cuidados preventivos.
Todos os alimentos com base em aves e ovos devem ser bem cozidos antes de serem consumidos. Os especialistas já verificaram que o vírus da gripe aviária é destruído pelo calor.
Da mesma forma, o viajante deve levar todos os seus medicamentos de uso diário e também um pequeno kit do tipo primeiros socorros, contendo um termômetro e um pequeno vidro com álcool para que possa fazer a higiene constante das mãos.
Antes de viajar, os turistas devem avaliar os recursos que o país de destino possui para um adequado atendimento médico. A mesma orientação é válida para o turista que vai visitar as diferentes regiões do nosso país.
Documentos do seguro-saúde devem ser levados ou, no caso de viagem ao exterior, fazer um seguro-saúde de viagem, com freqüência oferecido pelas agências de turismo.
Em toda a viagem devem ser evitadas as granjas e os mercados onde existam aves vivas. E, principalmente, evitar contato com aves mortas nesses locais.
A mais importante prática preventiva, entretanto, é lavar as mãos. Cuidadosamente e com muita freqüência.
Lavá-las com água e sabão ou aplicar um pouco de álcool nas mãos é muito importante porque esse tipo de cuidado remove matéria potencialmente infecciosa da pele e ajuda a prevenir a transmissão da doença.
Após a viagem, se acontecer de surgir febre, tosse ou dificuldade respiratória, o turista deve procurar o seu médico, sem esquecer de relatar sobre a região visitada.


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