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Expansão do ensino superior é cada vez menor
DO ENVIADO ESPECIAL A CAXAMBU (MG)
O estudo realizado pelo Inep
também mostra que a expansão da educação superior brasileira é cada vez menos intensa.
De 2001 para 2002, o crescimento no número de ingressantes nas universidades chegou a ser de 16,2%. Tal taxa caiu
para 3,2% de 2003 para 2004.
O ritmo da expansão caiu
apesar de o percentual de jovens no ensino superior seguir
baixo (apenas de 10,5%).
Uma das conseqüências mais
visíveis dessa desaceleração é o
número de vagas não-preenchidas nas universidades, que
chegou a 43,8% em 2004. Considerando apenas o setor privado, a ociosidade foi de 49,5%.
Na avaliação do coordenador
do estudo, Jaime Giolo, na
atual situação econômica do
país apenas com investimento
público o ensino superior voltará a ter um crescimento alto.
"Quem pode pagar uma mensalidade razoável já está no ensino superior. Agora o desafio é
conseguir atender às populações mais pobres. Assim, só
com vagas gratuitas ou com financiamento do Estado em
instituições sem fins lucrativos", afirmou Giolo.
Já a ex-pró-reitora de graduação da USP Sonia Penin diz
que só o setor público tem condições de diminuir a concentração de matrículas. "Um dos
papéis das instituições públicas
é tentar criar a demanda."
Ela cita o campus da USP na
zona leste como exemplo. Lá
foram oferecidos cursos como
gerontologia e gestão ambiental no lugar dos tradicionais,
como medicina e direito.
O Ministério da Educação,
por meio da assessoria de imprensa, disse que não comentaria tal posição, pois as universidades têm autonomia para definir a criação de cursos.
Para o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza, para a
diversificação de cursos, o mais
importante é o crescimento
econômico. "Só assim haverá
demanda por novas áreas."
(FT)
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