São Paulo, sábado, 23 de outubro de 2010

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Municipal recebe de volta vitrais restaurados

Peças construídas há quase um século começam a ser devolvidas ao teatro

Trabalho para recuperar cores e texturas durou quase um ano e meio; reabertura será em abril

LETICIA DE CASTRO
DE SÃO PAULO

Foi quase um ano e meio de trabalho, recuperando cores, texturas e substituindo peças mal conservadas.
Agora, os 25 conjuntos de vitrais que decoram fachada, restaurante e sacadas começam a ser devolvidos ao Teatro Municipal.
O público, no entanto, terá de esperar até abril, quando está prevista a reabertura do teatro, para conferir o trabalho dos restauradores. Até lá, as peças ficarão protegidas por tapumes e plásticos.
Ontem, a Folha acompanhou a instalação das peças no salão nobre. Aos poucos, os vácuos das fachadas eram preenchidos com os desenhos de Ramos de Azevedo, em tons de verde, azul e amarelo, inspirados no universo da música erudita.
"É como montar um quebra-cabeças", disse a arquiteta Rafaela Bernardes, do Departamento de Patrimônio Histórico da Prefeitura.
Construídos há quase um século, parte na Alemanha, parte no Brasil, a partir de desenhos do arquiteto, os vitrais nunca tinham sido removidos dos caixilhos. "Até então, o trabalho de conservação se limitava a lavagem e substituições pontuais."
Entre os problemas encontrados pela equipe de restauro estão alteração de cores e texturas dos desenhos e comprometimento das estruturas de chumbo que dão sustentação às peças. Quase 30 m2 do total de 335 m2 de vitrais foram substituídos.
A reforma do teatro inclui fachada, salão, restaurante -que será convertido em café projetado pelos irmãos Campana- e modernização do palco. O custo é de R$ 7,1 milhões, vindos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e da prefeitura.


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