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SAÚDE
Clínica estava fora de padrões, indica relatório
FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Relatório da Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da
Saúde aponta que a clínica de estética do médico Bruno Molinari,
no Paraíso (zona sul de São Paulo), em que morreu na semana
passada a advogada e professora
Silvana Maria Turine Augusto,
não tinha contrato com nenhum
hospital de referência instalado
nas proximidades.
A clínica também não possuía
medicamentos e equipamentos
de emergência. A exigência é feita
para todas as clínicas que realizam procedimentos estéticos
com intuito de que o socorro seja
rápido, caso aconteça algum tipo
de problema com os pacientes
durante o processo.
Na semana passada, Silvana, 37,
morreu com uma parada cardiorrespiratória depois de se submeter a uma hidrolipoaspiração (espécie de lipoaspiração menos invasiva) na clínica de Molinari.
Segundo o depoimento de Molinari à polícia, ela teve seis convulsões e foi levada para o Hospital Santa Rita no carro particular
do médico. Em nota oficial, o hospital diz que a paciente chegou ao
local sem os sinais vitais. Diz ainda que a equipe médica tentou
reanimá-la, sem sucesso.
Anteontem, os técnicos da vigilância interditaram a clínica por
tempo indeterminado. O local
não tem alvará de funcionamento, a área física não atende às normas de edificação, não havia pias
para higienização adequada dos
materiais e havia uma série de
medicamentos vencidos.
Segundo a secretaria, Molinari
pode apresentar defesa para a vigilância em até dez dias úteis. A
assessoria de imprensa do médico
informou que Molinari ainda não
sabe todo o conteúdo do relatório
do órgão.
A assessoria afirmou ainda que
o médico não pode dar mais nenhuma declaração porque o caso
está sob investigação no Conselho
Regional de Medicina, em São
Paulo.
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