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Homem preso injustamente quer indenização do Estado
da Reportagem Local
O caminhoneiro Francisco Moreira Lima, 32, disse ontem durante visita de familiares que pensa seriamente em processar o Estado pela injusta prisão a que está
submetido.
Ontem ele completou 15 dias
preso na cela do 36ºDP (Paraíso),
onde está detido no lugar de um
ladrão, que fugiu da cadeia de Cotia em agosto, e que usava uma cédula de identidade que o caminhoneiro perdeu em 83.
"Além de processar o Estado,
ele quer iniciar uma campanha
para uma apuração rigorosa de
como o ladrão fugiu de Cotia e saber porque o RG não ficou arquivado na cadeia", disse a mãe dele,
Iraci Moreira Lima, 53, após visitá-lo na delegacia ontem.
Segundo Iraci, o filho emagreceu cerca de 5 kg e trocou ontem
de calça com um preso da carceragem, já que a que usava estava
larga. "Só esta semana, ele me disse que a comida dos presos veio
estragada duas vezes", disse.
Francisco afirmou também que
quer a devolução de seu telefone
celular. Ele acredita que o aparelho ficou com o policial do Detran
que o levou à delegacia. A família
não o recebeu de volta e o telefone
não está também no 36ºDP.
Estava previsto para o início da
noite de ontem que a vítima do
falso Francisco, em Cotia, o bancário D., 33, fosse ao 36ºDP fazer
um reconhecimento negativo do
caminhoneiro.
Em entrevista à Folha anteontem, D. não reconheceu Francisco
como o homem que o assaltou.
Hoje à tarde, policiais do 36ºDP,
que têm convicção de que o caminhoneiro não é ladrão, devem levar Francisco para apresentá-lo
também a carcereiros da cadeia
de Cotia, com o mesmo objetivo.
Após levantarem as provas, os
policiais vão encaminhar os documentos ao juiz corregedor para
conseguir, ao menos, a liberdade
provisória de Francisco.
(MO)
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