São Paulo, Quinta-feira, 23 de Dezembro de 1999


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Enfermeiro acusado de matar 4 no Rio tem o registro cassado

da Sucursal do Rio

O Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) cassou ontem o registro profissional de Edson Izidoro Guimarães, auxiliar de enfermagem acusado de matar quatro pacientes em estado terminal em um hospital do Rio para receber comissões de agências funerárias. O conselho aprovou, por unanimidade (5 votos a 0), o relatório final do processo ético instaurado em abril.
O documento pede a cassação do registro, alegando que o acusado infringiu 17 artigos do código de ética da enfermagem.
Ao longo do processo, Guimarães foi ouvido na carceragem da Polinter, onde está preso, pelo Conselho Regional de Enfermagem. Ele não assumiu a responsabilidade pelas mortes de pacientes ocorridas no hospital Salgado Filho, no Méier (zona norte), onde trabalhava.
No entanto o Cofen se convenceu da participação de Guimarães no episódio porque, um mês antes de ser ouvido pelo conselho, ele concedeu entrevista à TV Globo admitindo a culpa por seis mortes -na ocasião, a polícia chegou a suspeitar que o número de vítimas do enfermeiro poderia ter chegado a 100.
Com a decisão do Cofen, Guimarães não poderá mais exercer a profissão nem no Brasil nem fora do país, já que a medida vale também para o CIE (Conselho Internacional de Enfermeiros), que congrega todos os conselhos de enfermagem do mundo.
O advogado de Guimarães, Arisnaldo de Oliveira Paiva, anunciou que vai recorrer para que seu cliente seja reintegrado à profissão. Ele alega que Guimarães ainda não foi julgado na Justiça pelos crimes de que é acusado -o júri está marcado para fevereiro. Caso o auxiliar de enfermagem seja absolvido, o advogado vai pedir ao Cofen que indenize seu cliente.






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