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Enfermeiro acusado de matar
4 no Rio tem o registro cassado
da Sucursal do Rio
O Cofen (Conselho Federal de
Enfermagem) cassou ontem o registro profissional de Edson Izidoro Guimarães, auxiliar de enfermagem acusado de matar quatro pacientes em estado terminal
em um hospital do Rio para receber comissões de agências funerárias. O conselho aprovou, por
unanimidade (5 votos a 0), o relatório final do processo ético instaurado em abril.
O documento pede a cassação
do registro, alegando que o acusado infringiu 17 artigos do código
de ética da enfermagem.
Ao longo do processo, Guimarães foi ouvido na carceragem da
Polinter, onde está preso, pelo
Conselho Regional de Enfermagem. Ele não assumiu a responsabilidade pelas mortes de pacientes
ocorridas no hospital Salgado Filho, no Méier (zona norte), onde
trabalhava.
No entanto o Cofen se convenceu da participação de Guimarães
no episódio porque, um mês antes de ser ouvido pelo conselho,
ele concedeu entrevista à TV Globo admitindo a culpa por seis
mortes -na ocasião, a polícia
chegou a suspeitar que o número
de vítimas do enfermeiro poderia
ter chegado a 100.
Com a decisão do Cofen, Guimarães não poderá mais exercer a
profissão nem no Brasil nem fora
do país, já que a medida vale também para o CIE (Conselho Internacional de Enfermeiros), que
congrega todos os conselhos de
enfermagem do mundo.
O advogado de Guimarães,
Arisnaldo de Oliveira Paiva,
anunciou que vai recorrer para
que seu cliente seja reintegrado à
profissão. Ele alega que Guimarães ainda não foi julgado na Justiça pelos crimes de que é acusado
-o júri está marcado para fevereiro. Caso o auxiliar de enfermagem seja absolvido, o advogado
vai pedir ao Cofen que indenize
seu cliente.
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