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Ocupação urbana é monitorada por satélite
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
A Secretaria de Obras e Meio
Ambiente de São Sebastião, município com 51% do território
ocupado por casas de veraneio,
usa imagens de satélite para
acompanhar a ocupação urbana
desde 2001. Segundo o secretário
Wander Augusto, o geoprocessamento auxilia no levantamento
de ocupações irregulares.
O secretário afirmou que as características principais das residências de veraneio são o alto padrão e a localização em condomínios fechados.
"O município tem 80% de área
de parque, e o restante, além de
servir à ocupação urbana, é formado por áreas de proteção permanente e de mananciais. O pouco que resta para expandir custa
muito caro porque envolve áreas
de alto padrão", afirmou.
Para o mestre em planejamento
urbano e professor de arquitetura
e urbanismo da Unitau (Universidade de Taubaté) Flávio Mourão,
quanto mais dispersa a ocupação,
mais difícil fica a fiscalização pelos municípios.
"Uma estrutura ociosa acaba
onerando o setor público, complica a fiscalização. Os municípios
teriam de ter um porte maior",
diz Mourão.
Segundo o professor, o litoral
norte é repleto de projetos pontuais que não contemplam a visão
do conjunto ambiental da região.
"Os condomínios não prevêem a
população permanente, as pessoas acabam sendo deslocadas
para a mão-de-obra. Isso gera um
mercado sem planejamento e a
ocupação de morros e origina outros problemas", afirma.
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