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TRANSPORTE
Para secretaria, período de obras afetou aprovação a corredores
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito Gilberto Kassab
(DEM) disse ontem que a
queda na aprovação dos corredores exclusivos de ônibus
pelos passageiros é reflexo
da má qualidade das obras
das "administrações anteriores". Para a Secretaria Municipal dos Transportes, o resultado reflete o período em
que a pesquisa foi feita, no
qual os corredores passavam
por manutenção.
Conforme a Folha revelou
ontem, pesquisa realizada
pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) mostra que a aprovação
dos usuários caiu 11 pontos:
passou de 64%, em 2007, para 53%, neste ano.
"Esses índices estão vinculados à má qualidade dos
corredores construídos pelas administrações anteriores, que estamos corrigindo.
Precisamos de corredores
bons", disse Kassab.
Por meio de nota, a secretaria afirmou que em agosto
e outubro, quando a pesquisa foi feita, "praticamente todos os corredores passavam
por obras de manutenção".
"Essas obras trazem desconforto para os usuários e
se refletem na avaliação. Se a
pesquisa fosse feita neste
momento, certamente teria
outro resultado."
Um termômetro disso,
ainda segundo a secretaria, é
a satisfação dos "clientes freqüentes", para os quais houve melhoria no sistema de
ônibus.
"O ônibus municipal melhorou de 39% para 42% e o
microônibus municipal melhorou de 40% para 43%. Na
avaliação de desempenho
dos ônibus municipais por
área de concessão, somente
três das nove áreas apresentaram piora", diz da nota. "É
importante destacar que, pela primeira vez, a pesquisa
indica uma estabilização dos
índices, que vinham caindo
sistematicamente."
O corredor que menos
agrada aos passageiros é o da
Rebouças, com 42% de excelente ou bom. O Expresso Tiradentes (ex-Fura-Fila) tem
a maior aprovação com 76%.
O Metrô informou que,
apesar de a aprovação dos
passageiros ter caído de 85%
para 82%, o índice encontra-se dentro da margem de erro
da pesquisa e o sistema ainda é o meio de transporte
mais bem avaliado.
A pesquisa da ANTP mostrou ainda que uma em cada
três pessoas (37%) mudou a
forma como se desloca na cidade no último ano, seja no
tempo gasto nas viagens
(17% ), no horário em que
usa o transporte (12%), na
condução usada (8%), nos
trajetos (7%) ou na quantidade de viagens (35%). O
principal motivo é o trânsito.
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