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SAÚDE
Novos funcionários contratados não terão mais estabilidade
Hospitais federais do Rio vão
atuar em forma de consórcio
da Sucursal de Brasília
O ministro da Saúde, José Serra,
anunciou ontem que, a partir do
ano que vem, os 14 hospitais públicos federais do Rio de Janeiro
vão atuar em forma de consórcio,
com modelo de gestão de organização social.
Essas organizações, criadas pelo
governo há dois anos, são entidades de direito privado, prestadoras
de serviços públicos e sem fins lucrativos.
Elas são supervisionadas por
conselho administrativo e orientadas por um contrato de gestão,
que estabelece metas e condições
de realização. As entidades têm
mais autonomia em relação ao Estado do que as estatais tradicionais. "Os hospitais vão ter política de compra comum, política de
especialização entre eles, e a transferência de pessoal será automática", disse Serra.
Os próximos funcionários contratados pelos hospitais não terão
estabilidade no emprego.
Segundo o ministro Serra, o novo modelo não será "receita
ampla, geral e irrestrita" para todo
o Brasil. "Temos de ver as realidades locais."
"A idéia é fazer (a implantação
do novo modelo) em parceria com
governo estadual, prefeitura e comunidade", completou Serra.
Para o ministro, há na sociedade
brasileira a idéia de que, se o sistema público não está funcionando,
é melhor entregar para o mercado.
Serra fez críticas aos planos privados de saúde. "Sem o serviço
público, quem recebe dois salários
mínimos vai morrer ou terá o plano de saúde aspirina em copo d'água." O Brasil, de acordo com o
ministro, caminha para um sistema de saúde misto, com participação dos setores público e privado.
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