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Sistema amplia dificuldades
DA FOLHA VALE
O coordenador de Informação
e Informática para a Saúde do
SUS, Alcindo Antonio Cerla, disse
que o Cartão SUS é um programa
complexo, mas que teve sua implantação dificultada pelo sistema
de informatização agregado ao
projeto no governo anterior.
A função desempenhada por
Cerla foi criada pelo novo ministro, Humberto Costa, justamente
para unificar a base de dados e
permitir a expansão do programa. A base de dados do Ministério da Saúde conta com 276 sistemas de cadastramento diferentes.
"Não há integração no sistema,
os dados não "conversam" entre si,
nem mesmo em softwares de autoria do próprio ministério", afirmou Cerla.
O coordenador citou como
exemplo o número de programas
utilizados para o cadastro do
usuário no item "sexo".
Segundo ele, para definir se o
paciente é do sexo masculino ou
feminino, o Cartão SUS tinha na
base de cadastro do ministério sete programas diferentes que não
tinham compatibilidade.
A falta de integração dos dados,
que teria atrasado a implantação
total do sistema nos municípios
piloto, teria sido provocada pela
fragmentação do próprio ministério, que anteriormente não tinha um departamento para uniformizar a linguagem.
Cerla questionou, ainda, a escolha das cidades definidas pelo ministério para testar o programa.
De acordo com ele, o governo
anterior desprezou as experiências e a base de dados e de informatização que cada município já
tinha e os obrigou a começar do
zero, com um novo sistema.
Além disso, foram estabelecidas
cidades que não tinham o hábito
ou contato com o sistema de informatização de dados.
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