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São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 2003

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Sistema amplia dificuldades

DA FOLHA VALE

O coordenador de Informação e Informática para a Saúde do SUS, Alcindo Antonio Cerla, disse que o Cartão SUS é um programa complexo, mas que teve sua implantação dificultada pelo sistema de informatização agregado ao projeto no governo anterior.
A função desempenhada por Cerla foi criada pelo novo ministro, Humberto Costa, justamente para unificar a base de dados e permitir a expansão do programa. A base de dados do Ministério da Saúde conta com 276 sistemas de cadastramento diferentes.
"Não há integração no sistema, os dados não "conversam" entre si, nem mesmo em softwares de autoria do próprio ministério", afirmou Cerla.
O coordenador citou como exemplo o número de programas utilizados para o cadastro do usuário no item "sexo".
Segundo ele, para definir se o paciente é do sexo masculino ou feminino, o Cartão SUS tinha na base de cadastro do ministério sete programas diferentes que não tinham compatibilidade.
A falta de integração dos dados, que teria atrasado a implantação total do sistema nos municípios piloto, teria sido provocada pela fragmentação do próprio ministério, que anteriormente não tinha um departamento para uniformizar a linguagem.
Cerla questionou, ainda, a escolha das cidades definidas pelo ministério para testar o programa.
De acordo com ele, o governo anterior desprezou as experiências e a base de dados e de informatização que cada município já tinha e os obrigou a começar do zero, com um novo sistema.
Além disso, foram estabelecidas cidades que não tinham o hábito ou contato com o sistema de informatização de dados.


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