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São Paulo, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003

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Barradas em estádios, torcidas fundaram blocos

DA REPORTAGEM LOCAL

A maioria das torcidas organizadas de São Paulo migrou para o Carnaval depois de enfrentar problemas com a Justiça devido a vários casos de violência nos estádios. O auge do problema aconteceu com a batalha campal no Pacaembu, entre palmeirenses e são-paulinos, em 20 de agosto de 1995, na final da Supercopa São Paulo de juniores.
Na confusão que aconteceu após o jogo, vencido pelo Palmeiras, houve um saldo de 110 feridos. Um torcedor -Márcio Gasparin da Silva- morreu.
Após a guerra do Pacaembu, o Ministério Público começou a investigar a atividade das organizadas. Em setembro de 1995, a Justiça decidiu extinguir a Mancha Verde, principal torcida do Palmeiras. Pouco depois, a Independente, do São Paulo, teve o mesmo destino da organizada rival.
No mesmo ano, a Federação Paulista de Futebol proibiu, por meio de portaria, a entrada das organizadas nos estádios.
Para conseguir um viés legal, a torcida palmeirense ressurgiu com o nome de Mancha Alviverde em 1997. O grupo também fundou um bloco de Carnaval -posteriormente, escola de samba.
A torcida são-paulina também fundou um bloco de Carnaval e alterou seu nome para Tricolor Independente.
A Gaviões da Fiel foi a pioneira entre as organizadas que se embrenharam no Carnaval. A torcida foi fundada em 1969. Seis anos depois, os corintianos formaram um bloco de Carnaval. Em 1989, estrearam como escola de samba.
A Pavilhão 9, outra organizada do Corinthians, fundada dois anos após o massacre do Carandiru, também criou seu bloco.

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