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Barradas em estádios, torcidas fundaram blocos
DA REPORTAGEM LOCAL
A maioria das torcidas organizadas de São Paulo migrou para o
Carnaval depois de enfrentar problemas com a Justiça devido a vários casos de violência nos estádios. O auge do problema aconteceu com a batalha campal no Pacaembu, entre palmeirenses e
são-paulinos, em 20 de agosto de
1995, na final da Supercopa São
Paulo de juniores.
Na confusão que aconteceu
após o jogo, vencido pelo Palmeiras, houve um saldo de 110 feridos. Um torcedor -Márcio Gasparin da Silva- morreu.
Após a guerra do Pacaembu, o
Ministério Público começou a investigar a atividade das organizadas. Em setembro de 1995, a Justiça decidiu extinguir a Mancha
Verde, principal torcida do Palmeiras. Pouco depois, a Independente, do São Paulo, teve o mesmo destino da organizada rival.
No mesmo ano, a Federação
Paulista de Futebol proibiu, por
meio de portaria, a entrada das
organizadas nos estádios.
Para conseguir um viés legal, a
torcida palmeirense ressurgiu
com o nome de Mancha Alviverde em 1997. O grupo também fundou um bloco de Carnaval -posteriormente, escola de samba.
A torcida são-paulina também
fundou um bloco de Carnaval e
alterou seu nome para Tricolor
Independente.
A Gaviões da Fiel foi a pioneira
entre as organizadas que se embrenharam no Carnaval. A torcida foi fundada em 1969. Seis anos
depois, os corintianos formaram
um bloco de Carnaval. Em 1989,
estrearam como escola de samba.
A Pavilhão 9, outra organizada
do Corinthians, fundada dois
anos após o massacre do Carandiru, também criou seu bloco.
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