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VIOLÊNCIA
Jovem envolvido na morte de João Hélio perde proteção
FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO
O adolescente envolvido
na morte de João Hélio Fernandes, 6, que ficou preso no
cinto de segurança do carro
da mãe durante um roubo e
foi arrastado por 7 km no Rio
em 2007, não está mais sob
proteção do governo federal.
A ordem de exclusão partiu do Tribunal de Justiça do
Rio, que expediu mandado
de busca e apreensão do jovem, de 19 anos. O adolescente foi detido em 2007 e ficou internado numa instituição para menores infratores
durante três anos, prazo máximo previsto pela lei. Ele foi
libertado no início do mês.
Dias depois, o juiz Marcius
Ferreira, da Vara da Infância
e da Juventude do Rio, autorizou a inclusão do jovem no
Programa de Proteção a
Crianças e Adolescentes
Ameaçados de Morte, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Segundo Carlos Nicodemos, coordenador executivo
da ONG Projeto Legal, responsável por esse programa
no Rio, o rapaz era ameaçado
por outros internos.
Ontem à noite, a ONG informou que vai apresentar o
adolescente à Justiça, em dia
e hora a serem definidos.
O jovem vinha sendo avaliado pela ONG. Com base no
laudo, a Justiça e o governo
decidiriam incluí-lo ou não
no programa. Ele, porém, já
recebia proteção. Caso fosse
integrado definitivamente
ao programa, além de proteção, poderia receber auxílios
psicológico e financeiro.
Mas o Ministério Público
pediu a revisão da decisão
alegando não ter sido consultado. Ontem, o desembargador Francisco José de Asevedo acatou o pedido, em decisão provisória. Para ele, o jovem deve cumprir pena em
regime de semiliberdade,
passando as noites em uma
instituição para infratores.
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