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Blocos desfilam para todos no PE
VANDECK SANTIAGO
da Agência Folha, em Olinda e Recife
Para quem quer ver Carnaval,
Olinda definitivamente não é o
melhor lugar. Mas para quem quer
cair na folia, é pouco provável que
exista um local mais adequado,
conforme mostrou ontem o desfile do bloco "Mulher na Vara", um
dos destaque da festa na cidade.
O "Mulher na Vara" -a exemplo dos demais blocos da cidade,
sejam eles grandes ou pequenos-
é aberto à participação de qualquer pessoa, sem a exigência de
fantasias nem abadás.
Também não tem cordão de isolamento, nem o folião precisa
acompanhá-lo até o final do desfile. Pode segui-lo durante alguns
metros e abandoná-lo mais adiante para entrar em outro bloco.
"As pessoas não vêm aqui para
ver rostos famosos ou ficar em camarotes assistindo a desfiles. Vêm
para brincar", disse o pesquisador
José Ataíde, autor do livro "Olinda, Carnaval e Povo".
Como as ruas são muito estreitas, é impossível ficar parado, vendo o bloco passar -às vezes é preciso segui-lo, mesmo sem querer,
até chegar em alguma área mais
espaçosa, que permita ao folião involuntário dar meia volta e retornar ao lugar em que estava.
Em Recife, o evento mais esperado para ontem era a Noite dos
Tambores Silenciosos, em que
grupos de afoxé e maracatu Nação
(de origem africana) se reúnem
para tocar numa celebração da
cultura negra.
O encontro acontece no centro
da cidade, no Pátio do Terço, lugar em que moraram algumas das
mais tradicionais mães-de-santo
do Estado.
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