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Roqueiros também têm vez
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
Os foliões que se divertem com
os ritmos nordestinos, mas não
dispensam a batida do rock nem
durante o Carnaval, vivem dias de
euforia em Olinda (PE).
Desde sábado, o Centro Luiz
Freire, organização não-governamental de direitos humanos instalada no centro da festa, serve de
palco para grupos de heavy metal,
reggae, maracatu, coco e forró.
A fusão de ritmos faz parte do
projeto Rec-Beat Carnaval, criado
no ano passado como uma alternativa para os dias de folia.
Em 97, a novidade atraiu cerca
de 500 pessoas por noite, média
que vem se mantendo este ano,
apesar de o folião-roqueiro ser
obrigado a pagar R$ 5 para acompanhar os shows.
Quem assiste as apresentações,
no entanto, diz que não se arrepende. "Vale cada centavo", afirma o comerciário Francisco Amaral de Alencar, 24.
Para a última noite estão programados shows com o Maracatu Bate Livre Badia, integrado por mulheres, e Fred Zero Quatro e a banda Mundo Livre S/A.
O projeto, orçado em cerca de
R$ 15 mil, quase deixou de ser realizado este ano devido ao decreto
da Prefeitura que proibiu a instalação de equipamentos de som nos
focos de animação da cidade.
Além dos shows, as noites do
Rec Beat Carnaval estão sendo
embaladas por vídeos e músicas
gravadas, selecionadas, entre outros, pelo radialista Renato L, um
dos divulgadores do mangue beat.
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