São Paulo, terça, 24 de fevereiro de 1998

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Roqueiros também têm vez

FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

Os foliões que se divertem com os ritmos nordestinos, mas não dispensam a batida do rock nem durante o Carnaval, vivem dias de euforia em Olinda (PE).
Desde sábado, o Centro Luiz Freire, organização não-governamental de direitos humanos instalada no centro da festa, serve de palco para grupos de heavy metal, reggae, maracatu, coco e forró.
A fusão de ritmos faz parte do projeto Rec-Beat Carnaval, criado no ano passado como uma alternativa para os dias de folia.
Em 97, a novidade atraiu cerca de 500 pessoas por noite, média que vem se mantendo este ano, apesar de o folião-roqueiro ser obrigado a pagar R$ 5 para acompanhar os shows.
Quem assiste as apresentações, no entanto, diz que não se arrepende. "Vale cada centavo", afirma o comerciário Francisco Amaral de Alencar, 24.
Para a última noite estão programados shows com o Maracatu Bate Livre Badia, integrado por mulheres, e Fred Zero Quatro e a banda Mundo Livre S/A.
O projeto, orçado em cerca de R$ 15 mil, quase deixou de ser realizado este ano devido ao decreto da Prefeitura que proibiu a instalação de equipamentos de som nos focos de animação da cidade.
Além dos shows, as noites do Rec Beat Carnaval estão sendo embaladas por vídeos e músicas gravadas, selecionadas, entre outros, pelo radialista Renato L, um dos divulgadores do mangue beat.



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