da Folha Campinas

O custeio médio do Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade de Campinas) deve aumentar em 20% por causa da desvalorização do real. O déficit será de R$ 3,5 milhões por mês.
O hospital se prepara para fazer cortes em remédios, reagentes químicos, próteses e pinos usados em cirurgias. Metade dos insumos utilizados no hospital são importados ou possuem componentes com preços em dólar.
Segundo o superintendente do Hospital das Clínicas da Unicamp, Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva, não há opção para o hospital custear os aumento dos insumos importados.
"Ou renegociamos a reposição da verba por parte do Ministério da Saúde ou teremos que reduzir os atendimentos no hospital em 20%", disse Silva.
O corte representa uma média de até 8.000 atendimentos por mês.
Segundo ele, o hospital pode reduzir também o número de cirurgias.
Atualmente são feitas 1.500 cirurgias por mês.
O hospital utiliza uma verba de R$ 40 milhões anuais, sendo R$ 30 milhões de verbas do SUS (Sistema Único de Saúde) e cerca de R$ 10 milhões de recursos próprios.


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