|
Texto Anterior | Índice
RIO
Wanderley da Cruz foi acusado de ter contratado assassino de Valdeci de Jesus
Suspeito de matar deputado é solto
TALITA FIGUEIREDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Suspeito de ser o "contratante"
do assassinato do deputado estadual Valdeci Paiva de Jesus (PSL),
morto no final de janeiro com 19
tiros, Wanderley da Cruz, 37, foi
colocado ontem em liberdade
após ter expirado o prazo de sua
prisão temporária.
Ele cumpriu 43 dias de prisão na
carceragem da Polinter (Polícia
Interestadual), no centro do Rio
de Janeiro. Cruz é assessor do suplente de Jesus, deputado Marcos
Abrahão (PSL), suspeito de ser o
mandante do crime.
De acordo com a polícia, para
que Cruz permanecesse preso, seria necessária que um juiz decretasse sua prisão preventiva, o que
não aconteceu.
Cruz foi preso em 7 de fevereiro
com os dois suspeitos de terem
assassinado o deputado, Jorge
Luiz da Silva, 31, e Adilson da Silva Pinheiro, 30. Os dois estavam
presos em carceragens de diferentes delegacias no dia do assassinato. Os três suspeitos negam participação no crime.
Mesmo presos, segundo a própria Secretaria de Segurança Pública, os dois suspeitos teriam se
encontrado com Cruz em um restaurante de luxo da zona sul da cidade, dois dias antes da morte.
O assessor parlamentar teria pago R$ 30 mil a cada um deles para
matar o deputado estadual. De
acordo com uma testemunha ouvida pela secretaria, os dois presos
costumavam sair das carceragens
para cometer crimes.
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembléia Legislativa do Rio abriu processo em
fevereiro para julgar pedido de
cassação de Marcos Abrahão, por
quebra de decoro parlamentar.
Durante a apresentação de sua
defesa, em 10 de março, Abrahão
afirmou ser inocente. Cruz foi ouvido pelos deputados no dia 14 e
disse nunca ter visto os dois supostos assassinos.
Também foram ouvidos no
processo os dois supostos assassinos, uma das testemunhas e o deputado federal Bispo Rodrigues
(PL), amigo de Paiva de Jesus.
Prestarão depoimento hoje à
tarde o secretário de Segurança
Pública do Rio, Josias Quintal, e o
chefe de Polícia Civil, delegado
Álvaro Lins. O resultado do processo deve sair no início de abril.
Texto Anterior: Violência: Cinco corintianos são baleados após jogo Índice
|