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REPERCUSSÃO A FAVOR
Unificação é pedido
antigo, diz delegado
da Reportagem Local
O delegado-geral de Polícia Civil
de São Paulo, Antônio Carlos de
Castro Machado, 66, disse ontem
que apóia a ``criação de uma polícia única paulista''.
Para ele, essa polícia preenche a
necessidade da sociedade de um
comando unificado e civil. ``É
uma pretensão antiga dos que se
voltam para a segurança pública'',
afirmou.
A Associação dos Delegados de
Polícia de São Paulo também
apoiou a iniciativa do governador.
``O caráter militar de uma polícia
entra em atrito com a essência da
atividade policial, que é civil'', disse Bismael Batista de Moraes, 61,
presidente da associação.
Ele também apoiou a proposta
de extinção do Tribunal de Justiça
Militar de São Paulo. ``Sempre nos
manifestamos contrariamente ao
fato de esse tribunal julgar crimes
comuns'', afirmou.
Autor de um projeto que prevê a
desmilitarização da PM e a unificação das polícias civil e militar, o
deputado federal Hélio Bicudo
(PT-SP), 74, disse acreditar que,
neste momento, a proposta poderá ser aprovada pelo Congresso.
``O atual modelo de segurança
pública está esgotado. A decisão de
Covas introduz uma nova força
nesse debate'', disse Bicudo.
Em tramitação desde 1992, o
projeto de Bicudo está pronto para
ir a plenário após ter sido aprovado pela Comissão de Constituição
e Justiça da Câmara.
O promotor Mário Papaterra Limongi, diretor do Centro de Apoio
às Promotorias Criminais de São
Paulo, disse que o Ministério Público não tem uma posição fechada sobre a unificação da polícias.
Segundo ele, a instituição é favorável à proposta de Covas sobre a
diminuição de poder da Justiça
Militar, que passaria a analisar só
os crimes propriamente militares
(deserção, abandono de posto, insubordinação etc.).
Os demais crimes contra civis,
como roubo e espancamentos cometidos por PMs no patrulhamento iriam para a Justiça comum.
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