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ADMINISTRAÇÃO
Empresa só recebeu da prefeitura as informações sobre trajetos e horários de recolhimento de lixo na 5ª
Falta de mapa do Limpurb afetou coleta
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
A empresa Transpolix só recebeu os mapas do Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana)
para fazer coleta, varrição e serviços complementares de lixo um
dia depois de começar a operar na
cidade de São Paulo.
Além da falta de infra-estrutura
da Transpolix, esse foi um dos fatores que prejudicaram os serviços de limpeza na Mooca e em
Aricanduva, na zona leste, que
têm mais de 500 mil moradores.
A empresa recebeu um contrato
emergencial de R$ 8,2 milhões da
prefeitura para atuar por 180 dias,
desde a manhã da última quarta.
Mas os mapas que estabelecem
trajetos, dias e horários da coleta
só foram fornecidos pelo Limpurb na tarde da quinta-feira.
Nesse período, a situação ficou
"caótica", segundo Sérgio Torrecillas, administrador regional da
Mooca, que teve que deslocar seus
próprios funcionários para limpar as ruas mais críticas da região.
O Limpurb admite que forneceu os mapas à empresa "novata"
um dia depois da data de início
dos serviços, mas tenta se isentar
da responsabilidade.
Segundo sua assessoria de imprensa, seria obrigação da Transpolix ter requerido oficialmente
as informações. Os diretores da
empresa foram procurados ontem pela Folha, mas não responderam aos pedidos de entrevista.
O diretor do Limpurb, Alfredo
Luiz Buso, chegou a dar prazo até
anteontem para a Transpolix normalizar a operação na área de sua
responsabilidade. Ontem, a limpeza havia melhorado nas ruas da
Mooca e Aricanduva, mas ainda
não era "normal".
"Está 80% normalizado, mas
ainda continua pior que nas semanas anteriores, quando era outra empresa (Marquise)", disse
João José Azevedo, administrador
regional de Aricanduva.
"Nosso principal problema agora é a varrição, que ainda não alcançou a maior parte da região",
afirmou Torrecillas, da Mooca.
Buso havia prometido anunciar
ontem uma punição à empresa
Transpolix, que pode ser multa
ou até rompimento de contrato,
mas deixou a divulgação para hoje. Se a Transpolix for afastada, a
empresa Marca deverá assumir os
serviços, já que ela foi a segunda
colocada na concorrência.
O diretor do Limpurb se reuniu
ontem com assessores técnicos e
jurídicos e com a prefeita Marta
Suplicy. Eles discutiram uma possível punição a outras empresas,
como a Queiroz Galvão, que não
fizeram todos os serviços sob sua
responsabilidade.
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