DO "AGORA"

O vereador Cláudio Fonseca (PC do B), que votou contra o projeto da prefeita Marta Suplicy (PT) que aumenta em até 40% os salários dos ocupantes de cargos de confiança, não tem mais apoio do seu próprio partido.
A prefeita e o secretário de Governo, Rui Falcão, se reuniram ontem com vereadores dos partidos que compõem a base de sustentação na Câmara.
Fonseca foi repreendido pelos vereadores, por Marta e por Falcão por causar constrangimento e desgaste à administração ao votar contra o projeto.
"Não sou moleque e tenho princípios. Não sou vereador da Marta, mas da cidade", disse Fonseca.
Falcão afirmou ontem que o voto de Fonseca não foi o tema central da reunião. Segundo ele, há possibilidade de o PC do B "tornar pública a posição do partido em relação ao vereador".
Segundo ele, o vereador Alcides Amazona (PC do B) disse que o partido não concordava com a atitude de Fonseca no episódio.
Segundo o presidente municipal do PC do B, Nivaldo Santana, a bancada toda deveria ter apoiado o projeto. Santana informou ainda que a advertência pública a Fonseca será discutida.

Dilema
Para Falcão, Fonseca tem que resolver um "dilema". Na opinião do secretário de Governo, o vereador "vive uma contradição, que é ser presidente de um sindicato e parlamentar da base governista".
Fonseca é presidente do sindicato dos professores da rede municipal e justifica o fato de ter votado contra o projeto de Marta pelo compromisso com sua base.
Para Falcão, o PC do B participa do governo e deve ter uma postura adequada à sua participação.
O partido indicou a titular da Secretaria dos Esportes, Nádia Campeão.


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