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EDUCAÇÃO
Lerner não recebe comissão; paralisação foi parcial
Professores em greve fazem ato e invadem sede do governo do Paraná
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Cerca de 3.000 professores, funcionários e alunos de escolas estaduais do Paraná fizeram ontem
uma passeata em Curitiba, por
aumento salarial. No final da manhã, um grupo quebrou o cadeado do portão que dá acesso ao pátio do Palácio Iguaçu, e os manifestantes invadiram o local.
A tropa de choque da Polícia
Militar foi acionada para evitar a
invasão no prédio, mas não houve confronto.
Os manifestantes levaram um
caminhão de som para dentro do
pátio. Eles bloquearam a rua de
acesso, armando duas barracas
na pista. "Vamos acampar aqui
até obtermos uma resposta às
nossas reivindicações", diz o presidente do sindicato dos professores, Romeu Gomes de Miranda.
O governador Jaime Lerner
(PFL) e a secretária da Educação,
Alcyone Saliba, não receberam
uma comissão. A tarefa foi transferida ao secretário da Administração, Ricardo Smijtink.
A categoria alega não receber
aumentos desde 1995. "A defasagem é de 65%, mas podemos negociar 39%", disse Miranda. O
menor salário no Estado, diz ele, é
de R$ 253, pago a professores primários, por 20 horas semanais.
Smijtink afirmou que o magistério obteve ganhos de até 140%
nos últimos quatro anos. "Os líderes são radicais que aproveitam o
ano político para aparecer."
A paralisação nas escolas estaduais foi parcial. A Secretaria da
Educação divulgou adesão de
20% das 171 escolas de Curitiba,
na parte da manhã. Já o sindicato
afirma que o protesto atingiu 80%
das cerca de 2.100 escolas no Estado. A rede pública do Paraná representa 1,2 milhão de alunos.
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