São Paulo, quarta-feira, 24 de abril de 2002

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EDUCAÇÃO

Lerner não recebe comissão; paralisação foi parcial

Professores em greve fazem ato e invadem sede do governo do Paraná

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Cerca de 3.000 professores, funcionários e alunos de escolas estaduais do Paraná fizeram ontem uma passeata em Curitiba, por aumento salarial. No final da manhã, um grupo quebrou o cadeado do portão que dá acesso ao pátio do Palácio Iguaçu, e os manifestantes invadiram o local.
A tropa de choque da Polícia Militar foi acionada para evitar a invasão no prédio, mas não houve confronto.
Os manifestantes levaram um caminhão de som para dentro do pátio. Eles bloquearam a rua de acesso, armando duas barracas na pista. "Vamos acampar aqui até obtermos uma resposta às nossas reivindicações", diz o presidente do sindicato dos professores, Romeu Gomes de Miranda.
O governador Jaime Lerner (PFL) e a secretária da Educação, Alcyone Saliba, não receberam uma comissão. A tarefa foi transferida ao secretário da Administração, Ricardo Smijtink.
A categoria alega não receber aumentos desde 1995. "A defasagem é de 65%, mas podemos negociar 39%", disse Miranda. O menor salário no Estado, diz ele, é de R$ 253, pago a professores primários, por 20 horas semanais.
Smijtink afirmou que o magistério obteve ganhos de até 140% nos últimos quatro anos. "Os líderes são radicais que aproveitam o ano político para aparecer."
A paralisação nas escolas estaduais foi parcial. A Secretaria da Educação divulgou adesão de 20% das 171 escolas de Curitiba, na parte da manhã. Já o sindicato afirma que o protesto atingiu 80% das cerca de 2.100 escolas no Estado. A rede pública do Paraná representa 1,2 milhão de alunos.



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