São Paulo, Sábado, 24 de Abril de 1999
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Alunos divulgam abaixo-assinado

da Reportagem Local

Alunos da Faculdade de Medicina da USP divulgaram ontem uma carta seguida de um abaixo-assinado com cerca de 200 assinaturas em que negam a existência de um pacto de silêncio sobre a morte de Edison Tsung-Chi Hsueh e questionam uma série de "acusações" e procedimentos tomados em relação ao caso até agora.
De acordo com a carta, para crer que cerca de 200 alunos fossem capazes de manter um pacto de silêncio sobre a morte de um colega seria necessário compará-los a um "grupo de fanáticos, no melhor estilo Jim Jones".
Os alunos também ressaltaram que naquela data estavam presentes na atlética alunos (veteranos e calouros), médicos e sócios do clube, sendo adultos e crianças, que nada têm a ver com a faculdade.
"Por que nenhum calouro presente naquele dia sentiu-se ameaçado por um grupo de "lunáticos" que acabava de assassinar um de seus colegas? Isso não aconteceu. Ao contrário, jovens com idade entre 17 e 20 anos permaneceram no clube e, alegremente, aproveitaram a festa até a noite. Acreditam todos que os alunos, cientes de que permanecia ali o cadáver de um de seus colegas, comeram churrasco e nadaram na piscina indiferentes a tudo?", perguntam na carta.
Os alunos ainda criticam a postura da promotora Eliane Passarelli que "anunciou informações equivocadas" e teria chegado a dizer que "os alunos da FMUSP de hoje serão todos médicos com tendências homicidas amanhã".


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