da Reportagem Local

O diretor da Faculdade de Medicina da USP, Irineu Tadeu Velasco, já recebeu 12 ameaças anônimas de morte pelo telefone.
Duas alunas da faculdade também foram quase agredidas em uma estação do metrô por estarem usando camisetas que as identificavam como estudantes da Medicina.
Além disso, o próprio centro acadêmico vem recebendo telefonemas anônimos de pessoas que chamam os alunos de loucos, desequilibrados e assassinos.
"Tive 12 ameaças por telefone de que vão me matar, me bater porque estou acobertando homicidas, porque saiu na imprensa que eu não me manifestei por dois meses. Eu não tenho medo. Mas duas alunas nossas, que não têm nada a ver com isso, com camisetas da faculdade, foram quase agredidas no metrô. Então temos de tomar cuidado. Eu não quero produzir um outro corpo nesta faculdade", disse Velasco.
Daí também a não divulgação dos nomes dos três a sete alunos apontados como suspeitos de terem participado em trotes violentos até a comprovação disso.
A presidente do centro acadêmico, Angela Freitas, 21, acredita que a imagem da faculdade deve ficar marcada por esse episódio, mas diz que essa desconfiança das pessoas é injusta. "É um absurdo algumas pessoas falarem que não vão querer ser tratadas pela gente. Que culpa nós temos? Temos todo o interesse em resolver esse caso. Só não queremos bodes expiatórios."


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