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Piso da Paulista será modelo para novas obras em calçadas
Segundo a prefeitura, o tipo de concreto usado na obra é o mais adequado para locomoção
Um decreto será publicado na próxima semana;
mudança valerá para "rotas estratégicas" e não causará
mudança em obras recentes
JULIANA CARIELLO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O novo piso das calçadas da
avenida Paulista passará a servir de modelo para reformas semelhantes em grandes vias de
São Paulo. Um decreto será publicado na próxima semana para regulamentar a lei 14.675,
que trata da acessibilidade em
vias públicas da cidade.
O "concreto in loco" foi escolhido, segundo a prefeitura, por
ser o material mais adequado
para a locomoção dos pedestres, com ou sem dificuldade
motora. Estudos da Secretaria
da Pessoa com Deficiência e a
opinião de pedestres contribuíram para a decisão.
"O concreto in loco é de melhor qualidade que os blocos intertravados colocados nas ruas
Augusta e Teodoro Sampaio,
mas, à época, não tínhamos
chegado a essa conclusão", reconhece o secretário Andrea
Matarazzo, da Secretaria de
Coordenação das Subprefeituras. "Os passeios anteriormente refeitos não serão mexidos."
A reforma da Teodoro Sampaio está em andamento. A da
Augusta foi concluída em 2007.
Ficará a cargo da assessoria
técnica da secretaria a definição sobre exceções.
A prefeitura vê no decreto a
oportunidade de elevar o nível
de conservação dos passeios,
uma vez que passará a ter respaldo legal para implantá-los
ou reformá-los nas vias com
maior circulação de pedestres
-as chamadas rotas estratégicas. Foram definidos 600 km
de rotas estratégicas na cidade
de São Paulo, que tem 30 mil
quilômetros de calçadas. Antes,
a prefeitura podia intervir só
nas vias estruturais -onde há
grande fluxo de veículos-, definidas pelo Plano Diretor.
Autora da lei a ser regulamentada, a vereadora Mara Gabrilli (PSDB) disse que consertar 10% das calçadas em rotas
estratégicas resolverá 90% dos
problemas de mobilidade.
"Definimos as áreas de cada
subprefeitura que recebem
maior número de pedestres por
sediarem estabelecimentos comerciais, prestadores de serviço e áreas públicas de lazer e
darem acesso aos meios de
transporte", justifica Gabrilli.
Matarazzo diz que a responsabilidade pela construção e
manutenção das calçadas continua dos proprietários de imóveis e comerciantes da área.
Segundo ele, a prefeitura, antes, podia reformar as calçadas
e fazer o proprietário do imóvel
pagar, mas a fiscalização insuficiente inviabilizava a medida.
"Por isso, é melhor a prefeitura
ter o poder de fazer reformas
com recursos próprios."
O decreto elevará, ainda, a
multa para os que tiverem as
calçadas sob sua responsabilidade com menos de dois terços
da área em mau estado de conservação de R$ 200 para R$
1.000 por metro quadrado.
Além das rotas estratégicas,
quem decidir reformar a calçada por contra própria poderá
usar outros três tipos de piso
definidos pelo Programa Passeio Livre, de 2005: os blocos
intertravados, os ladrilhos hidráulicos e as placas de concreto pré-moldadas.
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