DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Um grupo de 500 estudantes da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) invadiu ontem com um apitaço a primeira reunião do MEC (Ministério da Educação) para discutir a reforma universitária em uma capital do país. Houve empurra-empurra e tumulto. O evento precisou ser transferido para um hotel após seis horas de interrupção e recomeçou às 15h, em Manaus.
Segundo o DCE (Diretório Central dos Estudantes), dez alunos ficaram feridos em confrontos com seguranças. "Lamentamos tudo isso, nosso objetivo era fazer um ato pacífico para ter voz nessa discussão, que, na nossa análise, é limitada", disse o estudante Carlos Leal, 26, um dos líderes do ato.
A manifestação começou às 6h (7h em Brasília), quando os alunos fecharam a entrada principal da Ufam, paralisando as aulas para cerca de 3.000 estudantes.
Depois seguiram em cinco ônibus para um centro de convenções onde representantes do MEC iniciavam a audiência coordenada pelo secretário do Ensino Superior, Nelson Maculan, que representava o ministro Tarso Genro. Leal disse que, quando os alunos chegaram ao local, os portões foram fechados pelos seguranças.
Jairo Jorge, secretário-executivo-adjunto do MEC, disse que o episódio "faz parte do processo democrático". Mas lamentou a truculência dos manifestantes.
A segunda audiência pública deve ocorrer em 30 de julho, em Porto Alegre, no Fórum Mundial de Educação. (KÁTIA BRASIL)


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