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Abordagem de civis faz parte de treinamento
DA FOLHA CAMPINAS
Além da troca de armamentos,
a principal alteração na formação
dos soldados do Exército será na
abordagem durante uma ação.
Segundo o Exército, as diferenças de atuação já existem nas unidades das Forças Armadas, mas
sem o enfoque para a abordagem
de civis nas ruas, por exemplo.
Hoje, um soldado pára-quedista tem de estar preparado para
atuar sozinho. Já um soldado que
opera blindados trabalha sempre
na companhia de outros.
Segundo a especialista em segurança pública, Maria Cristina von
Zuben de Arruda Sampaio, hoje,
os soldados do Exército são treinados para matar.
"Em uma situação de guerra, ou
eles matam ou eles morrem.
Atuando como força policial, o
treinamento deve ficar mais defensivo", disse Sampaio, que é
professora de ética e direitos humanos para policiais da Universidade Estadual de Campinas.
Para ela, que já atuou como professora da Escola Superior da Polícia Militar, é essencial para a segurança pública que o Exército tenha uma tropa especializada na
manutenção da ordem.
Para o ex-secretário de Segurança Pública de Campinas (1996-2000) e advogado Ruyrillo Pedro
de Magalhães, a medida poderá
ser benéfica "desde que haja uma
integração entre as forças municipal, estadual e federal".
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