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URBANISMO
Proposta, que também define os planos diretores regionais, será apresentada hoje, após receber mais de mil questionamentos
Projeto de zoneamento chega a versão final
AMARÍLIS LAGE
DA REPORTAGEM LOCAL
Com mais de mil pontos questionados por especialistas, políticos e entidades civis, o projeto de
lei do novo zoneamento da cidade
e dos 31 planos diretores regionais
deverá ser apresentado hoje, em
sua versão final, pelo vereador
Nabil Bonduki (PT), relator da
proposta.
Ontem, cerca de 300 pessoas
compareceram à última audiência pública sobre o projeto, que,
segundo o vereador João Antonio, líder do PT, deve ser votado
até o início da próxima semana. O
projeto foi aprovado em primeira
votação na semana passada.
Segundo o relator, as principais
alterações serão relacionadas à
clareza do texto, para evitar ambigüidades na interpretação da lei.
Também serão reintroduzidos no
texto aspectos da lei atual que haviam sido descartados, como a
existência de uma zona de transição entre áreas que permitem
usos comerciais e de serviços e as
exclusivamente residenciais.
Além disso, entre as mudanças
do projeto há as que já prevêem
novas alterações no futuro. É o caso de um estudo que, pela proposta de Bonduki, a prefeitura deverá
realizar dentro de um ano para estimar a capacidade do sistema
viário de cada região da cidade.
Os dados serão utilizados na revisão do Plano Diretor, em 2006.
Mais especificamente, para atualizar os dados relativos aos estoques de potencial construtivo adicional -área em metros quadrados que a prefeitura pode "vender", por meio de um instrumento chamado de outorga onerosa,
para quem quiser construir um
imóvel com área superior ao limite estabelecido para aquela região.
"Com isso, esperamos que haja,
efetivamente, na revisão do Plano
Diretor em 2006, uma correlação
mais clara entre o tamanho do estoque e a capacidade da infra-estrutura da região", disse Bonduki.
Na atual proposta, o potencial
construtivo adicional de toda a
zona leste é equivalente à soma do
potencial de dez bairros nobres de
São Paulo. Na Vila Mariana (zona
sul), por exemplo, o estoque é de
300 mil m2 no total, dos quais 100
mil m2 são disponibilizados para
o uso não-residencial. Isso equivale a mais que o dobro do estoque de Itaquera, bairro que será o
epicentro do projeto de revitalização da zona leste lançado pela
prefeita Marta Suplicy (PT) em
março deste ano.
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