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Debate divide moradores
DA REPORTAGEM LOCAL
Os questionamentos sobre o
projeto de lei do novo zoneamento e dos 31 planos diretores regionais na audiência pública de ontem dividiram os moradores e comerciantes entre os que achavam
as propostas muito permissivas e
os que julgavam o projeto restritivo. A disputa fez com que vaias e
aplausos se sobrepusessem na
platéia quando um morador fazia
suas críticas ao projeto.
A urbanista Regina Monteiro,
presidente do Defenda São Paulo,
chegou a levar apitos e narizes de
palhaço para a audiência. "Eu me
sinto uma palhaça porque tudo o
que a prefeitura mandar, eles irão
aprovar", disse Monteiro, que
mais uma vez reclamou da pressa
com que o projeto está sendo analisado e criticou a proposta por
"permitir que todo mundo faça o
que bem quiser na cidade".
Monteiro não pôde utilizar os
apetrechos durante a audiência
pois policiais disseram a ela que
isso incentivaria o tumulto.
Já para a comerciante Maria
Augusta Pereira, da Associação
Olímpia Viva, que reúne moradores e comerciantes da Vila Olímpia, o Defenda São Paulo tem posições muito radicais. "Eles querem manter como zona exclusivamente residencial locais onde isso
não é mais possível. Para mim, se
a legislação não se adequar às novas características das regiões, haverá a perpetuação das propinas."
Ela apontou como exemplo de
boa discussão entre entidades o
dilema sobre o uso da rua Guararapes entre as associações Sabron
(Sociedade Amigos do Brooklin)
e a Amebron (Associação de Moradores e Empresários do Brooklin). A rua liga o aeroporto de
Congonhas à avenida Berrini.
"Eles queriam que a via continuasse residencial, nós queríamos que lá pudesse ter comércio.
Chegamos a um meio termo e isso
é uma vitória do novo projeto de
zoneamento", disse Pereira. Na
proposta, a rua é considerada zona de centralidade linear.
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