|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ADMINISTRAÇÃO
Aumento é de 2,5% em relação ao valor previsto para este ano; 2ª votação será na próxima semana
Câmara aprova Orçamento de R$ 14,66 bi
PEDRO DIAS LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
O próximo prefeito da capital
paulista terá um Orçamento de
R$ 14,66 bilhões no ano que vem,
de acordo com a Lei de Diretrizes
Orçamentárias aprovada ontem
em primeira discussão na Câmara
Municipal. O aumento de receita
total de 2004 para 2005, de apenas
2,6%, é muito menor que o que
houve entre 2003 e 2004, de 31%.
Do penúltimo para o último
ano da gestão Marta Suplicy (PT),
o Orçamento subiu de R$ 10,92
bilhões (receita total de 2003) para R$ 14,29 bilhões (previsão da lei
orçamentária aprovada pelo Legislativo, ainda a se confirmar).
Um dos principais responsáveis
pelo pequeno crescimento do Orçamento de 2004 para 2005 é a
queda da entrada de recursos de
empréstimos.
Neste ano, a prefeitura deve receber um total de R$ 656,8 milhões de operações de crédito, como a do empréstimo do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para
as mudanças na área de transporte. No ano que vem, esse valor cai
para R$ 157,7 milhões, uma redução de mais de 70%.
O principal papel da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é fixar as regras para a elaboração do
Orçamento do ano seguinte. Um
dos pontos que mais chamaram a
atenção neste ano é a proposta da
prefeitura de tornar mais enxuta
sua estrutura, com menos detalhes. Para o vereador Cláudio
Fonseca (PC do B), existe o risco
de essa síntese tornar-se tão profunda que impeça a fiscalização
do andamento da administração.
Como ocorre todos os anos, a lei
prevê a atualização e a revisão de
taxas e impostos. No entanto não
consta da proposta a criação de
nenhum novo tributo. A próxima
votação deverá ocorrer no final da
semana que vem. Ontem, a LDO
passou com 33 votos a favor e 5
contra. É necessário o apoio de 28
dos 55 vereadores.
Venda de imóveis
Ontem à noite, os vereadores
ainda planejavam aprovar três
projetos importantes -todos em
votação final-, entre eles o que
permite que a prefeitura venda 11
imóveis avaliados em um total de
cerca de R$ 100 milhões. Esse projeto é interpretado como uma
tentativa da atual gestão de enfrentar o aumento do endividamento do governo.
Os outros dois eram o que tenta
facilitar a comercialização dos Cepacs (Certificados de Adicional de
Potencial Construtivo) na Operação Urbana Faria Lima e o de criação da Operação Urbana Jacu-Pêssego.
Os vereadores já tinham feito
votações pela madrugada adentro
na noite anterior, quando a sessão
acabou apenas às 4h30.
Texto Anterior: Morte de fotógrafo: Acusado é condenado em SP a 22 anos de prisão Próximo Texto: Obra no Mercadão custará R$ 6 mi além do previsto Índice
|