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Em São Paulo,
padarias são a preferência
DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL
Bella Paulista, padaria dos
arredores da avenida Paulista, em São Paulo: o contador
Luiz Pinho, 48, janta um sanduíche às 20h depois de ter
passado o dia na mesma mesa, lendo e comendo: tomou
café, almoçou um prato com
filé, pediu lanche da tarde...
"Hoje cheguei aqui às 10h!
Sempre venho e passo o dia
inteiro", conta.
"Isso é muito comum", diz
o gerente Luiz Augusto Junior, 26. "Muita gente vem
aqui e passa o dia, traz um livro, faz várias refeições."
A casa nasceu em 2000,
época em que a Galeria dos
Pães, na rua Estados Unidos,
já atraía fama como padaria
24 horas.
Pinho diz gastar "uns R$
60" por dia no local, que considera "uma loucura total!".
Enumera: "Mulheres muito
bonitas, gente de todas as
idades, comida boa, doces especiais para diabéticos...".
Imperdível, não?
Inaugurada no final do ano
passado, a Klabin Empório
dos Pães, na Vila Mariana,
também já tem seus albergados. "Aqui é minha segunda
casa", diz Fábio Vieira.
"Por exemplo: agora estou
vendo um jogo, tomando
uma chopinho. Venho de
manhã para tomar café, ou
depois para almoçar. Às vezes, à noite, não bate o sono,
não tenho nada para fazer,
então venho de novo."
Na capital paulista, onde
há mais de 3.000 padarias, os
donos confessam: o grande
troféu é ver fila na porta. "O
paulistano adora uma fila.
Aqui, ainda bem, já está formando", celebra Antonio Silvestre, 53, sócio da Klabin.
Luiz Augusto Junior também acha que fila é vantagem. "Aqui dá de tudo, senhoras, jovens, famílias. De
madrugada tem muitos gays.
Todo mundo adora. Você
precisa ver a fila que forma."
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