DO "AGORA SÃO PAULO"

Uma blitz da Prefeitura de São Paulo fechou 12 bares na periferia da zona sul da cidade na madrugada de ontem.
Cinco proprietários foram detidos e levados à 100ª DP (Jardim Herculano), por causa da presença de menores desacompanhados dos responsáveis.
Os donos dos bares receberam a intimação sobre a lei do funcionamento até a 1h. Um proprietário, que já havia sido intimado na semana passada, foi multado.
O primeiro bar a ser fechado fica na rua Padre Nelson Antônio, 510, no Jardim Nakamura. O proprietário, Paulo Xavier Pimenta, 34, ficou assustado com o aparato da blitz e disse desconhecer a existência da lei.
Houve tiro em dois bares. Policiais da 6ª Seccional que passavam pelo local prenderam Edson Araújo de Oliveira, 31, como autor do disparo. Com ele, foi apreendido um revólver 38.
O ex-PM Benedito Alves Filho, 37, também foi pego com o mesmo tipo de revólver.
Ambos foram levados ao distrito e autuados em flagrante por porte ilegal de arma.
Duas pessoas que jogavam baralho em um dos bares foram conduzidas à 100ª DP, sob suspeita de apostar dinheiro, o que é contravenção. Os suspeitos foram liberados por falta de provas.
No bar de Cruzelina Paixão de Morais, uma menina de quatro anos dormia no balcão. A mãe disse que esperava a chuva passar para voltar para casa.
Cinco bares intimados na primeira operação desse tipo estavam com as portas fechadas.
A blitz acabou às 4h. A operação contou com 60 homens da Guarda Civil Metropolitana (GCM), quatro agentes vistores da Secretaria das Administrações Regionais e policiais da 6ª Delegacia Seccional Sul.
O secretário do Governo Arnaldo Faria de Sá, que comandou a operação, prometeu nova blitz para o próximo final de semana.

Fuga
As equipes que participaram dessa blitz se reuniram na 100ª DP antes de iniciar a operação. Mesmo com a presença delas, 27 presos desse distrito tentaram fugir.
Ao verificar um barulho em uma das celas, um dos investigadores achou uma "matraca", furadeira manual feita de papelão e pedaços de ferro que possui um suporte giratório na ponta.
Quando o investigador chegou, faltavam poucos centímetros para a parede ceder. No distrito há 115 presos, sendo que a capacidade ideal é de 40.


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