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ADMINISTRAÇÃO
Novas contas voltam a ser emitidas incluindo contribuição de R$ 3,50; decisão ainda pode ser contestada na Justiça
Cai liminar que suspendia a taxa de luz
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz Rui Cascaldi, do 1º Tribunal de Alçada Civil do Estado de
São Paulo, cassou ontem a liminar que suspendia a cobrança da
Cosip (Contribuição para Custeio
do Serviço de Iluminação Pública) -a taxa da luz, que começou
a ser cobrada em maio pela Prefeitura de São Paulo.
Em 7 de julho, o juiz Valentino
de Andrade, da 12ª Vara da Fazenda Pública, havia concedido a
liminar em ação movida pelo Idec
(Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor). A decisão valia para todos os imóveis da cidade.
Agora, Cascaldi afirmou que "o
tributo municipal se assenta em
lei" e que a cobrança deve prevalecer até que seja declarada a inconstitucionalidade dessa lei.
Apesar de ainda faltar uma decisão final da Justiça, o secretário
interino dos Negócios Jurídicos,
Carlos Bentivegna, afirmou que,
"mais julgado do que está o mérito, impossível". Ele fez a declaração com base na frase final da decisão do juiz. Segundo Bentivegna, todas as contas de luz emitidas
a partir de ontem já incluirão novamente a cobrança, de R$ 3,50.
A prefeitura ainda estuda a possibilidade de cobrar pelo período
em que a taxa ficou suspensa.
O secretário de Governo, Rui
Falcão, acredita que a decisão vá
desencorajar novas ações contra a
taxa de luz, porque "o juiz praticamente já decidiu sobre o mérito".
"O povo pobre da cidade que
não tem iluminação fica contente", disse a prefeita Marta Suplicy
(PT). Segundo ela, a taxa permitirá a colocação de 40 mil postes de
luz na periferia da cidade.
Marta atribuiu tanto a lei que
permitiu a cobrança da taxa
quanto a necessidade de fazê-la ao
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Na gestão FHC os
impostos subiram enormemente,
só que os repasses para os municípios não foram de acordo."
A Folha não conseguiu localizar
ontem representantes do Idec. O
instituto tem a possibilidade de
ingressar com um recurso chamado "agravo regimental" para
pedir que outros dois juízes analisem a questão e, eventualmente,
revejam a decisão de Cascaldi.
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