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Familiares criam grupo para agilizar o reconhecimento
DANIELA TÓFOLI
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Familiares das vítimas do
acidente da TAM já criaram um
grupo de ação para acompanhar os desdobramentos da
tragédia e estão conseguindo os
primeiros resultados.
Ontem, eles obtiveram autorização para escolherem quatro
representantes que acompanharão o trabalho de identificação dos corpos dentro do IML.
O grupo também conseguiu
que o aeroporto de Porto Alegre enviasse fitas de vídeo para
que pudessem ver as roupas
que os passageiros usavam.
O primeiro objetivo do grupo
é justamente pressionar para
que o reconhecimento das vítimas seja acelerado. Até o começo da noite de ontem, 67 corpos
tinham sido identificados.
"Estou irritado por não poder enterrar minha filha. E
muitos parentes estão na mesma situação", afirma Mauricio
Pereira, pai de Mariana, 22.
Apesar de ainda não ser oficialmente uma associação, o
grupo está organizado e se reúne todos os dias em um salão do
hotel onde as famílias estão
hospedadas, na zona sul.
Decisões como indenizações
serão tomadas posteriormente
pelo grupo, que ainda não tem
advogados. "Nossa prioridade é
identificar os corpos."
Ontem, o secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, reuniu-se com os parentes
e afirmou que não será necessária a ajuda de médicos legistas de outros Estados para acelerar a identificação dos corpos,
como havia sido cogitado. "Não
se trata de negar o auxílio, mas
de saber se mais gente vai trazer ajuda nessa metodologia",
disse. Ele afirmou que 250 pessoas -entre legistas, fotógrafos
e legistas dentários- estão trabalhando no IML.
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