São Paulo, terça-feira, 24 de julho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Familiares criam grupo para agilizar o reconhecimento

DANIELA TÓFOLI
FERNANDO BARROS DE MELLO

DA REPORTAGEM LOCAL

Familiares das vítimas do acidente da TAM já criaram um grupo de ação para acompanhar os desdobramentos da tragédia e estão conseguindo os primeiros resultados.
Ontem, eles obtiveram autorização para escolherem quatro representantes que acompanharão o trabalho de identificação dos corpos dentro do IML. O grupo também conseguiu que o aeroporto de Porto Alegre enviasse fitas de vídeo para que pudessem ver as roupas que os passageiros usavam.
O primeiro objetivo do grupo é justamente pressionar para que o reconhecimento das vítimas seja acelerado. Até o começo da noite de ontem, 67 corpos tinham sido identificados.
"Estou irritado por não poder enterrar minha filha. E muitos parentes estão na mesma situação", afirma Mauricio Pereira, pai de Mariana, 22.
Apesar de ainda não ser oficialmente uma associação, o grupo está organizado e se reúne todos os dias em um salão do hotel onde as famílias estão hospedadas, na zona sul.
Decisões como indenizações serão tomadas posteriormente pelo grupo, que ainda não tem advogados. "Nossa prioridade é identificar os corpos."
Ontem, o secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, reuniu-se com os parentes e afirmou que não será necessária a ajuda de médicos legistas de outros Estados para acelerar a identificação dos corpos, como havia sido cogitado. "Não se trata de negar o auxílio, mas de saber se mais gente vai trazer ajuda nessa metodologia", disse. Ele afirmou que 250 pessoas -entre legistas, fotógrafos e legistas dentários- estão trabalhando no IML.


Texto Anterior: Nem exame de DNA poderá identificar algumas vítimas
Próximo Texto: Nas horas vagas, piloto escrevia livro para ajudar leigos a perder medo de voar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.