da Reportagem Local

A Vigilância Sanitária de São Paulo interditou ontem a distribuidora Navarro, na Freguesia do Ó (zona noroeste da cidade de São Paulo). Segundo fiscais, a empresa estava sem alvará de funcionamento e não apresentava condições ideais de armazenamento de medicamentos. A distribuidora levou multa de R$ 2.000.
No local havia cerca de cinco toneladas de remédios, quantia que daria para encher cinco carretas, segundo a Vigilância.
De acordo com Roberto Barbirato, diretor de uma das regionais da Vigilância na cidade, os medicamentos ficaram expostos ao calor por causa do teto de amianto, o que pode provocar perda da eficácia do remédio.
"Não encontramos remédios falsos. Mas questionamos a eficácia deles. Além disso, foram encontrados remédios sem número do registro no Ministério da Saúde", diz o diretor.
Segundo Barbirato, a empresa terá de apresentar uma proposta de reforma do local e laudo da qualidade dos remédios para poder voltar a funcionar. A Vigilância não descarta a possibilidade de a empresa ter que incinerar os medicamentos, caso tenham perdido a eficácia.
Além disso, para voltar a funcionar a distribuidora também terá que apresentar um técnico responsável (farmacêutico).
A empresa chegou a funcionar por sete anos em outro local, mas não havia nenhuma irregularidade, segundo o diretor.
A distribuidora também comunicou a Vigilância sobre a mudança de endereço, ocorrida em 96, solicitou alvará por duas vezes, mas foi negado por não haver farmacêutico responsável.

Outro lado
O proprietário da distribuidora, Clédson Navarro, afirmou ontem que vai tomar todas as medidas exigidas pela Vigilância para voltar a funcionar.
Ele alegou que não havia farmacêutico no local por ter conseguido uma liminar em 93 que o isenta dessa obrigação. (CC)



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