São Paulo, sexta, 24 de julho de 1998

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ECOLOGIA
Grupo de ativistas acampa na ilha e impede os treinamentos de tiro previstos pela Marinha em Alcatrazes
Greenpeace impede treinamento de tiro

MARCELO PEDROSO
da Folha Vale

Um grupo de 12 ativistas do Greenpeace conseguiu suspender ontem, por pelo menos 18 horas, os treinamentos de tiro real previstos pela Marinha no arquipélago de Alcatrazes, próximo a São Sebastião, no litoral norte.
Os testes estavam previstos para acontecer entre 2h e 22h de ontem e toda a área em volta do local foi interditada pela Marinha.
Até as 18h30, os treinamentos não haviam sido executados devido à permanência de quatro ativistas na ilha de Alcatrazes, a principal. Eles estavam acampados no local desde a tarde de anteontem, quando começou o protesto.
Uma missão de resgate dos ativistas estava prevista para ser realizada ontem, após as 22h, quando se daria o encerramento do prazo previsto para os treinamentos.
O grupo que estava na ilha era formado por três mulheres e um homem. A estratégia usada pelo Greenpeace foi manter dois ativistas escondidos no meio da vegetação e os outros dois expostos próximos a um dos alvos que seria usado pela Marinha.
Eles também cobriram dois dos quatro alvos com bandeiras do Brasil e faixas de protesto.
Segundo o diretor executivo do Greenpeace no Brasil, Roberto Kishinami, os objetivos do protesto eram alertar a sociedade sobre a importância da preservação do local, que abriga várias espécies encontradas exclusivamente naquela região, além de assegurar a criação destes animais neste período.
Esse é o primeiro tipo de ação direta do Greenpeace na região



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